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______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

22
Abr23

AMANHECER


Peter

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Imagem norte-sul pelo nascer da Aurora. Começo da Primavera, 2023. No alto distingue-se a silhueta da Cruz Alta com todo o arvoredo em  sentinela de alva. Para o lado de lá dezena e meia de quilometros ate´Penacova , ao rio Mondego e ao Alva.  Manhã de sol e de frio num tempo em mudanças naturais defendendo o ambiente.

06
Mar23

UM BUSSACO SEM DONO


Peter

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Aqui temos uma fotografia da encosta do Sacramento na Serra do Buçaco. Da Porta das Lapas, que não se vê, ao Caifás, às Portas de Coimbra, a Stº Antão e à Cruz Alta tudo é um mundo de espessa vegetação. Na foto, observando com atenção, a Mata é à esquerda, a vegetação mais verde e variada como se consegue distinguir em relação á da encosta, à direita, onde a base global é o eucalipto. Um espaço é publico, o património da Mata Nacional , o outro é privado, o eucaliptal da direita. Acontece que entre os dois pontos terminais, ou seja, a Porta das Lapas e a Cruz Alta, há um muro com três metros de altura, e da parte da fora rente ao mesmo muro que se estende por 5.750 metros de perímetro, corre um largo aceiro que deveria dar acesso a uma equipa de intervenção rápida em casos de incêndios ou catástrofes naturais.
 

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Na fotografia acima, tanto o muro como o aceiro deveriam estar completamente à vista, tal como em tempos idos. Hoje está no estado que se mostra, intransitável, prevenção não há nenhuma e o perigo de todo o património vir a arder numa próxima oportunidade é evidente. Como cidadão da freguesia onde está este bem insubstituível, pergunto o que está a fazer numa fundação politica, um curioso sujeito que leva cinco mil euros ao fim do mês para casa e deixa o património que está á sua guarda neste estado lastimoso. Não vivemos num país de bonecos e a população bem como os eleitos locais , não podem estar silenciosos perante o desbragamento constante da coisa publica.
 
 
 
 
 
 
 
01
Set22

BORDALO,O SEU A SEU DONO...


Peter

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BORDALO, O SEU A SEU DONO...

Em fevereiro de 1887, Rafael Bordalo Pinheiro  faz um contrato com o Governo português relativo á construção dum monumental conjunto de 86 figuras escultóricas destinadas a guarnecer as capelas  da Via Sacra do Buçaco. Era ministro das Obras Publicas Comércio e Industria, Emidio Navarro. Tinham-se reunido no Luso e no Bussaco e dali seguiram para as Caldas da Rainha onde selaram o negócio por um custo total de nove contos de reis.Navarro visitara a fábrica de Faianças das Caldas da Rainha e tinham acordado estabelecer um contrato com o fim de substituir as imagens então existentes, talvez obra dum ex-religioso do convento carmelita ou mesmo de bonecreiros de Aveiro e que agora se encontravam em mau estado, não condizente com o património arbóreo do parque botânico onde estavam inseridas.

Assinado o acordo, Bordalo Pinheiro iniciou os projectos artísticos e com os seus colaboradores deu principio aos trabalhos baseado em estudos sérios e pormenores artísticos de grande qualidade, chegando a fazer 56 figuras dos agrupamentos ensaiados, alguns com a sua assinatura, 

Por razões várias, entre elas a saída do país em missão especial e depois a morte do artista, ao que sucedeu a falência da fábrica de Faianças, em 1908, chegou-se a um ponto em que as esculturas existentes, cujos custos já tinham duplicado para 18 contos de reis, não tiveram continuação nem as figuras já executadas e pagas foram entregues ao Buçaco, permaneceram sim espalhadas por vários locais da olaria.

Entretanto pela fábrica, que seria vendida em hasta publica m 1908, foi solicitado ao Hospital Termal das Caldas da Rainha, um pavilhão do parque D.Carlos I onde pudesse guardar a obra feita, que pertencia ao Estado. Ali ficou o conjunto das figuras até que em 1960 foram levadas para o museu José Malhoa, onde se encontram hoje em exposição.

Obra inacabada mas de grande valor artístico foi paga por um orçamento publico destinado à Via Sacra do Buçaco e não ao Museu das Caldas, o que constituiu um erro além duma apropriação ilegal dum bem que nos parece, pertence ao espólio religioso do Buçaco, facto que entidades responsáveis nunca ponderaram, decidindo em nome próprio a favor de terceiros numa gratuidade revoltante. O próprio museu rececionante se devia e deve sentir incomodado, por expor um bem que não é seu.  Seria importante que a obra inacabada fosse finalmente entregue ao legítimo dono, repondo a justiça e seriedade das entidades envolvidas no seu devido lugar. É que na verdade as figuras pertencem ao Buçaco, assim foram devidamente liquidadas pelo erário publico.

Ficam dois pormenores ilustrativos.

21
Ago21

UM BUÇACO EM RISCO


Peter

DSC_0274[1].JPGNeste blog tenho repetido teimosamente o mau estado em que se encontra a Mata Nacional do Buçaco, bem como a incapacidade demonstrada pela Câmara da Mealhada pela sua gestão e financiamento ,através da Fundação da Mata do Buçaco, um rebuçaco socrático que ultrapassou a legislação pela via partidária irresponsável.Não cabe a uma câmara gastar ou desviar o dinheiro do orçamento dos munícipes para gastar em património alheio, visto que a Mata Nacional é do Estado e não do pequeno órgão municipal onde por acaso se situa.E não cabe ao Estado entregar a responsabilidade financeira daquilo que lhe pertence, ou a todos nós, portugueses, um patromónio nacional, vendo-se livre dele.

DSC_0275[1].JPGMas a municipalidade, edis oriundos da gestão de ranchos, futebóis, festas e romarias, sem desprimor mas é pouco,  possuem na mente a tola ambição de passar o sapato além da chinela e não tendo bom senso nem perfeita noção do mundo em que vivem e do sentido de Estado, gostam de “armar” é o termo, em mais papistas que o papa, acabando por prejudicar o território que julgam apadrinhar, com asneiras. A Câmara em causa é  um exemplo, ou seja, em vez de apoiar e ajudar na recuperação da Mata Nacional em degradação, acaba por destruir, por falta de  total conhecimento na área  de florestas , botânica e turismo, os excelentes recursos e potencialidades que a freguesia do Luso/Buçaco, possui, dando a ideia que destruir é o objectivo principal  da autarquia mãe.

DSC_0277[1].JPGEu aconselho o leitor interessado que da zona da Fonte Fria, um ex-libris da Mata Nacional, suba ao Convento de Stª Cruz e ao Palace Hote, e que do Lago da mesma Fonte Fria, desça pelo Vale dos Fetos. Junto algumas que fotografias da realidade, que, no entanto, não espelham completamente a situação, de facto muito pior do que as vistas mostram.

DSC_0290[1].JPGA Câmara e os edis eleitos deviam retratar-se , ter vergonha do miserável serviço que estão a prestar ao concelho, á freguesia, ao turismo, á hotelaria e dum modo geral á economia local. Entregue a quem nada percebe do assunto, a começar pelo executivo, registo a ação para empregar a família na fundação, e organizar festas e romarias e plantações num permanente pisoteio do húmido coberto que já foi a solo mãe da flora local, agora  seco, largas clareiras e falta de limpeza. No trajecto que aconselhamos atrás, a Mata é uma selva e pior que uma selva, é uma selva sêca, completamente cheia de material lenhoso por todo o lado, neste caso desde o sopé da serra ao ponto mais alto, a Cruz Alta, em grave risco de incêndio se um casual acidente acontecer no perímetro em dia de ventos variados e

DSC_0279[1].JPGincontroláveis. Este é um perigo real, que os responsáveis, face á sujidade que permanece no bosque, parecem ignorar e muito menos ter em conta. Não só o deixar arder este valioso património comum é um crime grave, como a falta de prevenção, de limpeza, arranjos e retirada da sujidade e materiais perigosos, desenha idêntico crime. Crime que pende sobretudo pelos edis responsáveis, a presidência do executivo camarário.Deixo fotos feitas esta semana de altas temperaturas. São algumas, entre muitas imagens elucidativas , acerca do que a autarquia câmara da Mealhada, vem fazendo pelo progresso e desenvolvimento do turismo , hotelaria , floresta , e empregos na freguesia do Luso/Bussaco.

DSC_0342[1].JPGÉ a negação do que  muitos municipios têm realizado no país em prol do seu desenvolvimento.Aqui é nitido o desinteresse, a incompetência , a incapacidade e diria mesmo a intencionalidade da gestão municipal , para acompanhar os dias atuais na procura de soluções para os muitos problemas do concelho. Não existe diálogo, não existe informação, não existem contactos com os tecidos econonómicos que atuam no território, não existem ideias, nem projectos , nem estratégias  no sentido de arrancar seja o que for  das potencialidades dum municipio que parece  politicamente morto, fechado sobre  a demagogia dum partido há tempo demais no poder, sem obra que o justifique, politicamente empenhado com alguns donos  e senhores da sede concelhia, e nada mais.

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Há uma linha  clara dessa tomada dum poder apodrecido, inoperante, de mentalidades pequeninas, sempre as mesmas figuras e do Luso/Buçaco, ninguém quando, em face das suas potencialidades,  deveria ser a primeira freguesia a possuir um eleito dedicado á area do turismo , já que é a  única que o tem.  As habilidades da partidarite saloia  do concelho, e de algumas  oportunistas  cabeças, tem  devotado o municipio ao rame rame rotineiro, fechado , atrasado no tempo e nas funções,  à comodidade de gabinete, à burocracia, ao compadrio , amiguismo,  falta de transparência , a autocracia dum sobismo acabado.

21
Abr21

PAU PARA TODA A COLHER


Peter

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  O ESTRANHO ABORTO  AFUNDATIVO

                                  UM PAU PARA TODA A COLHER

Por recente noticia  soubemos que a Destilaria da EX Junta Nacional do Vinho( falecida) foi entregue á Fundação Bussaco pela edilidade mealhadense , por ordem expressa do  edil presidente. Perante duvidas da oposição, afirmou em assembleia estar-se marinbando para a vox populi  ,  que são entre eleitores o eu também. Para lá da pouca educação e anti-democracia no areopago municipal,  o senhor edil, que veio das berças de Valongo para a serra do Bussaco, nada percebe da Mata  Nacional, pois a leva em continua destruição desde que tomou posse nesta terra. A  vox populi alçou-o ao poleiro da politica  onde se agarrou com unhas e dentes, por mor  de alguns atos menos claros, como foi o de Isabel, que não a rainha santa, mas outra, que numa noite perdeu as eleições por artes do diabo consumadas. Deduz-se que a dita Afundação é pau para toda a colher. Há poucos meses  deu consultadoria á mulher por  dois mil e quinhentos euros mensais, antes aboletou em recibos verdes o assessor que nunca sendo empregado, aboletou em chefe de divisão, no verão passado ensaiou o fecho do Palace Hotel do Bussaco (?), recentemente entregou a administração da afundação ao seu vice presidente autárquico, que parece, colaborou no xiqueiro politico partidário  do concelho. Quando for escolhido o novo presidente já escolhido, hão-de acarretar para votos em viaturas próprias, os militantes, que  apenas por curiosidade, nunca mais foram ouvidos depois do voto  derradeiro, nas ultimas autárquicas.Neste jogo democrático de mentes obtusas que esta demo-cracia proporciona, há compras extraordináriamente incompreensiveis, inclusive a amigos, que é dita em calinadas pontuais, perante um acervo de redes interessadas  num Portugal vazio , quanto mais esvaziado mais propício.

Aqui fica o aconchego á Fundação Bussaco, uma Mata Afundada pelas administrações  publico-privadas, com curiosos escolhidos a dedo, mas privadas de todo, com rendimentos médios triplicados em relação aos velhos e profissionais engenheiros florestais, que administavam pelo Ministério da Agricultura com processos cientificos, os 105 hectares de todo o termo . Podia-se ver e visitar no brinco da sua qualidade sem pagar um tostão, um património publico. Hoje, pagando em euros a entrada, basta sair de dois ou três cenários preparados,  para encontrar a lastima e ruina de todo o parque botânico O mesmo cumprimento que os edis deram às termas, minguando-as, sofre a Mata Nacional do Bussaco nas mãos dum diminuto municipio de curiosos obreiros da desgraça. Livres de responsabilidades , imunes ás asneiras, esquecidos pelo dono, o Estado Português. Fundações programadas para receber clientes que vindos das unhas da politica desde o berço, nada sabem fazer. Faz-se-lhes então a cama, normalmente com penas de pavão ! 

06
Fev21

COMPRADES NO BUÇACO


Peter

DSC_3835.JPGNo dia 3  de Fevereiro corrente, foi levantada  na Assembleia da Republica a questão da nomeação  do vice-presidente  da  Câmara da Mealhada para presidente interino da Fundação da Mata Nacional do Bussaco, nomeação feita pelo presidente da Câmara. Em palavras simples, o Presidente da Câmara nomeou o seu vice-presidente, presidente. Apesar da presidência da Fundação ser em regime voluntário,  colocam-se questões de legitimidade, de compatibilidade , de legalidade  e mesmo de seriedade, que levantam muitas dúvidas perante o cidadão, porque o nomeado , Guilherme José Duarte, está a tempo inteiro na autarquia. Na ausência do Presidente da Câmara, este é substituído pelo seu Vice-Presidente, agora simultaneamente presidente da Fundação, o que lhe  dá o estatuto ou condição  de gestor e escrutinador de si próprio. Longe de qualquer juizo sobre o cidadão nomeado, não parece correta a situação , quando se está a dar um poder a um sujeito, seja ele qual for, dando-lhe ao mesmo tempo o poder de legitimar ele próprio , eventuais asneiras que faça. É lamentavel que o Bussaco  seja utilizado para estas traficâncias políticas, numa linha que vem sendo seguida pelo partido que tem o poder no municipio. Porque o mesmo cidadão não tem qualificação para gestor de florestas, presume-se que a confiança política está na base da nomeação , mais um pontapé da autarquia na freguesia do Luso e no seu património, que há algum tempo  vem sendo  politicamente abandonado, e destruído. A Mata Nacional continua a vergonha autárquica mais grave e inconsciente por que tem passado o território. O lugar  de admnistrador ou  de presidente, como é do dominio publico, foi e é objecto de  influências, de cunhas, de compadrio, de pedidos a que as politicas levadas a efeito e os fracos eleitos proporcionam a alguns. Haja alguma dignidade por parte dos orgãos estatais  para acabar com estas brincadeiras de mau gosto, pondo no lugar que é devido a Mata Nacional do Bussaco, monumento nacional, dotando-a duma administração honesta, especializada, profissional. Brincar com um património comum é um crime contra todos os portugueses.

 

13
Set20

UM LUSO-BUSSACO ESQUECIDO


Peter

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Acreditamos que quando a Câmara da Mealhada  tentou fechar o Palace Hotel do Buçaco teria sido para o entregar ao domínio da Fundação, nos rendimentos da concessão,  ou á sua exploração directa.  De uma maneira ou de outra, a entrega do Hotel á Câmara ou á Fundação por conta da Câmara, é o passo politico para o desastre total e para  o fim duma referência  no mundo da hotelaria nacional , europeia e global.  Os profissionais do sector do turismo que passaram pelo Bussaco e deram ao Hotel o melhor do seu profissionalismo, da sua experiência e do seu conhecimento , não merecem que a obra que vem sendo feita há mais de cem anos a esta parte, seja delapidada pela inconsciência e ignorância de  meia duzia de politicos  que não sabem o que fazem, não são das termas e nem querem saber de quem explora e vive no local. Esta é a democracia  dum municipio que nem entre os seus eleitos tem um representante da povoação mais importante e conhecida do concelho. A máquina partidária concelhia, trucidou pura e simplesmente o Luso-Bussaco, só conhece a terra para de quatro em quatro anos transportar os correlegionários á mesa de voto que os pré-eleger às eleições. Correlegionários politicos que, por este ou aquele favor, se julgam obrigados a votar no sítio certo, com medo de alguma represália. É parte da democracia deste concelho...uma seita pré-politica e pré-partido para cozinhar o guizado.

20
Ago20

BUÇACO EM MAUS LENÇÓIS


Peter

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UM MONUMENTO NACIONAL

NÃO PODE SER GERIDO POR UMA AUTARQUIA.

Ora até que enfim um sujeito que há seis anos tem mandado na Mata Nacional do Buçaco, reconhece que um património nacional não pode ser gerido por uma autarquia. Embora por meias palavras e com o secretismo habitual, sugere que algo vai ser mudado enquanto diz que sai este mês da presidência, para depois afirmar que em Novembro continua os trabalhos, não deixando perceber se neste baralho de cartas sai ou fica. O trunfo éstá na falta de transparência do costume. É estranho, quanto ao fim da comissão de serviço que aceitou há seis anos, por escolha a dedo dum presidente de Câmara , venha dizer publicamente que  um monumento do Estado não pode ser gerido por uma autarquia, quando no inicio aceitou o cargo em silêncio , nada comentou sobre o assunto, nem sobre a capacidade autárquica para o poder fazer. Depois, passou seis anos calado sobre a questão e só na despedida, se vai haver despedida, é que verificou essa falta de poder e meios. Por que razões o fez agora e não antes, não sabemos, mas que  deixa dúvidas no espirito do cidadão, deixa.

Até porque, andando de calça curta na Mata desde que seu avô foi gestor na Administração Florestal do Buçaco, deveria ter aprendido como era bem administrado  nesse tempo remoto e como é tão mal  nos tempos que hoje correm. Desde 1836, quando foi incorporado nas Matas do Reino e depois nas Matas da Republica em 1910, ambos  momentos liberais desta nação, até ao momento em que um senhor Sócrates o entregou a uma autarquia socialista, apadrinhando o ato, a Mata Nacional nunca passou por degradação igual á de hoje. Trata-se da única fundação publica a quem o Estado não dá um tostão, obrigando os pobres munícipes a pagar do seu orçamento, a gestão dum património que não lhes pertence, entregue á curiosidade de amadores da coisa pública, sem vínculos, nem saber para gerir o bem comum e imunes a qualquer responsabilização. Isto porque uma autarquia sem bom senso, aceitou  esta solução de substituir  o  Estado  quando no entender dum bom gestor deveria  processar o Estado por lhe retirar os meios  necessários para o poder fazer. A destruição começou aí, e veja-se  desde logo a incapacidade da fundação para gerir o espaço no triste desastre do quadro de Joséfa de Óbidos , avaliado em cerca de 100 mil euros, que deixaram arder na igreja do Convento. Ninguém foi culpado, ninguém foi incomodado, o caso foi abafado como se nada tivesse acontecido. Estas barbaridades, exigem apuramento e juízes, pois ninguém ali estava , nem está, a trabalhar por amor à arte. Com estes privados de algibeira, foi o que aconteceu. Imunes até aos presente.

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Não é difícil perceber o estado miserável em que o gestor, agora de abalada, deixa os 105 hectares da Mata Nacional, ao serviço duma autarquia de irresponsáveis políticos que, ultrapassando o tamanho da chinela, se disponibilizaram para gerir um património alheio, com o dinheiro dos outros, dos munícipes. Um assunto que, como no caso recente dum não precário nos serviços da mesma Câmara, deveria ser também investigado, em termos de legalidade, pela Procuradoria-Geral da Republica. Quanto ao Buçaco, abstraindo a estrada que leva à Fonte Fria, ao Convento, ao Palace Hotel, que está fechado, (?) às Portas de Coimbra e à caiação paga pela CEE das capelas da Via sacra, todo o resto está numa ruína como jamais esteve desde que os frades carmelitas destilaram os males da inquisição nas árvores do novo mundo, plantando-as ali. Basta sair dos principais caminhos e do eixo principal que é a estrada, para observar o estado de abandono a que a incapacidade do organismo e da fada madrinha, a autarquia, levou o património. Julgo que o gestor, por muito boa vontade que tivesse, não poderia fazer nada por falta de meios, mas perde as suas razões quando reconhece tardiamente, no fim da comissão de serviço, a incapacidade duma Câmara pequena e inconsciente, para gerir o património nacional. O entusiasmo com que abraçou o desafio, foi bem diferente no fim.  No quinzenário local, onde relata hoje as suas mágoas, escrevi muitas vezes o que repito aqui, a Câmara da Mealhada quer ser dona de tudo, mas na realidade só tem ajudado a destruir o seu próprio património e o que não é seu, o caso do Buçaco, das termas de Luso, da Escola Profissional, da Cooperativa Agrícola, da Adega Cooperativa, dos cafés que não consegue gerir na cidade, resumindo, as grandes obras afinal, resumem-se á compra de sucata imobiliária, incluído o cinema do Luso que tem direito a cair como as fábricas da Pampilhosa, o fim do nó ferroviário, a morte, antes de nascer, do famoso campo de golfe ou a barragem do Buçaco, agora no arquivo bolorento de uma gaveta esquecida no sótão  municípal.

carrada.jpgOutro caso fedorento, passa pela Quinta do Murtal, comprada ou a comprar, parece segredo, por dois milhões e quinhentos mil euros para fazer um museu não se sabe de quê, e criar dois postos de trabalho, o do porteiro, se existir, e o da funcionária amiga. A vilória que passou a cidade subiu à cabeça dos eleitos e espichou-lhes o umbigo duma forma contundente. Doença que chegou para ficar. Um absurdo intencional. Mas os dois novos e grandes mercados, a três quilómetros um do outro, num tempo em que as grandes superfícies dos privados se substituíram aos mercados públicos, são outro paradoxal testemunho da mesma gestão pouco inteligente e afastada da realidade e do interesse da população. Esta é a mesma imbecilidade política  de quem não sabe o que fazer em prol dos seus municipes.

Pois que o gestor buçaquino se vá embora, é uma boa ideia, seja tranquila a reforma, mas ir-se embora levando atrás de si o peso do estado lastimoso da Mata Nacional, não o abona em nada,  nem no país, nem do delírio de levar uma Mata Nacional a Património da Unesco, no estado em que se encontra. Depois da obra que deixa, é ridículo pretender chegar ao património do mundo apesar das justificações que são as tempestades, os ciclones, as trovoadas, os furacões ou até as monções, os culpados do desleixo. Ou enxurradas da serra que sempre existiram e sempre existirão. De facto, sabe tão bem como os habitantes da freguesia do Luso, a quem teve a amabilidade de fechar pela primeira vez em 180 anos a entrada na Mata com o seu carro ou carroça, que a serra foi e é devastada ciclicamente por elementos naturais, e sabe que na mão do Reino, como na da Republica, a do seu avô, sempre recuperou em muito pouco tempo. Na sua mão por conta da autarquia mealhadense, é o que se vê, uma saga começada sem ter um fim á vista, pelo contrário, num agravamento constante. E eu próprio, como outros, munícipe do concelho, sinto-me lesado ao ter que pagar com os meus impostos e taxas, a destruição que, por incapacidade, tem provocado no Buçaco, incluindo as remunerações dos serviços que prestam. Pondo-me em lugar idêntico, teria vergonha e declarado a falência antes do toque final.

carrada 1.jpgNão conheço a pessoa e enquanto tal não tenho nada a dizer, porém, como suposto especialista e responsável pela recuperação do Buçaco, foi um falhanço total. Perdeu a oportunidade de lançar o seu grito de revolta, ou sensatez, durante os seis anos em que rebocou a evidência, evitando o fim para proclamar a sua opinião ,saindo limpo do fosso.  Como o capitão de navio que vê o barco ir ao fundo e não pede ajuda a ninguém antes do afundamento, foi o que fez antes de bater a porta. Se a falta de transparência habitual, não  trocar o raciocinio. Coisa natural no meio.

Recordemos que o Buçaco é um património de todos, não da Câmara da Mealhada, em primeiro lugar é da freguesia do Luso , e trata-se dum património nacional, único num concelho  pobre de valores, onde o que existe  e se regista na história, na cultura, no campo militar, religioso e turístico, salvaguardando que os turistas não são o bando de semeadores que invadem a mata para plantar árvores nem os festeiros e caminhantes que a palmilham sem regras e nem um café bebem, quanto mais chamar-lhes turistas, esse património liquido , digamos, existe na freguesia do Luso, a única também com o poder de atrair os visitantes . O Buçaco é um parque, um templo botânico para ser respeitado e visitado por quem ama a natureza, o silêncio, a serenidade, a beleza e a vida vegetal que ali se perpetua. Trata-se dum património regional, nacional e europeu, dizimado pela inconsistência do clima, mas muito mais pela inconsciência do homem, no obscurantismo das suas limitações, perspectivas e banalidades.

A terminar, comungo as preocupações que tem com a vinda do presidente do ICNF, Instituto de Conservação da Natureza, semanalmente ao Buçaco. De facto é uma grande maçada e um grande problema, porém naturalmente que o povo unido não lhe fica a dever as ajudas de custo nem as deslocações que o senhor presidente faz. Mesmo com reformas de ´200 e 300 euros mensais, não fica a dever nada a ninguém...Já agora a propósito, será que a fundação Bussaco tem algum acordo de empregos com os familiares dos presidentes da autarquia??

 

 

22
Jun20

BUÇACO A BATER NO FUNDO


Peter

SEM FUNDO, SEM FUNDOS,SEM GOVERNO...

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Carregamentos de madeira são retirados da Mata  Nacional...

Finalmente um partido político chama a atenção para o desastre que é a Mata Nacional do Bussaco, um Património Nacional nas mãos do município da Mealhada e gerido por uma fundação municipal de inspiração socratica, a única que não recebe dinheiro do Estado e é subsidiada pelos dinheiros camarários ,  dinheiros dos municipes gasto num bem que não lhes pertence. Paradoxalmente, a dita Câmara, ofereceu-se para tomar em suas mãos o financiamento e hoje, descapitalizada, nem dinheiro tem para manter a funcionar a escola  profissional que fundou através do orçamento municipal , vendendo-a a uma organização privada que nada tem a ver com o território, mas sim com o negócio deste tipo de escolas.

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Caminhos deslumbrantes e estradas que destroem o acervo...

Quanto á Mata Nacional do Buçaco, poderemos verificar que  sucessivos presidentes da autarquia  tiveram familiares ali a trabalhar como funcionários e hoje a  esposa do presidente em exercício é consultora da fundação com um contrato de dois mil e meio euros mensais, sem haver conhecimento de qualquer concurso para o efeito.  Enquanto isso, a fundação, que existe desde  2009/10, tem a sua obra bem visivel no terreno, a Mata, do jardim botânico de excepcional valor  que era, traduz-se hoje num desastre total , uma vergonhosa demonstração do que faz o Estado que temos para  conservar o património pátrio. 

 

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Um Vale dos Fetos em vias de extinção, perante a apatia do proprietário, o Governo. Velha fotografia.

Gestores pagos a preço de ouro, detruiram o templo botânico e ambiental e justificam a sua incompetência com tempestades, ventos, furacões e outras catrástofes naturais. O parque, ao longo do quase meio milénio da sua existência passou por muitos fenómenos naturais, ciclones , enxurradas e devastações levadas a efeito por gente insconsciente em fases de abandono, mas sempre teve alguém que lhe recuperou as artérias  e o fez tornar á vida.

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Ermida de S.Miguel, recuperada há poucos anos pelos monumentos nacionais por 30 mil contos, hoje destruida no seu interior e rodeada de acácias, mato, silvados e de acessos precários...

Os Frades , o Reino, o Estado  através do Ministério da Agricultura. Hoje, pode dizer-se que a calamidade da fundação foi o pior fenómeno que lhe caiu sobre o corpo , curiosamente pago pelo erário publico  municipal. Fundação, autarquia da Mealhada e Universidade de Aveiro que mandou para aqui os seus alunos brincar, podem vangloriar-se da  obra que fizeram ! A Mata está desbaratada , arruinada, destruida, como diz o Bloco de Esquerda na sua intervenção sobre o assunto. Essa é a realidade á vista . A politica levada a cabo  tem sido suja, opaca, arrasadora e para lá do desbaste  continuo do conteudo arboreo , acompanhado da invasão de acácias e silvas, vai-se o polo turistico do Luso-Bussaco que foi durante décadas a sala de visitas do municipio , através das suas termas e da serra, um lugar cheio de história que o municipio local se apressa a riscar do mapa.

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Cúpula do Hotel Palacio do Buçaco, um 5 estrelas mandado fechar pelo presidente da autarquia...(sem o conseguir)

Quizeram engravatar o que já era engravatado e a gravata deu lugar aos farrapos que restam dum lugar bonito e aprazivel. Não é por esta via municipal ou fundação partidária ,cega, esburacada e incompetente que se chega a um destino feliz. Muito menos a património da humanidade , como ridiculamente pretendem. Disso, já esteve muito mais perto ! Como diria Herculano, faltam adultos nesta  competição e profissionalismo nesta tomada do poder! Juntemos a isto o ezvaziamento da parte termal do Luso, um polo económico valioso no mapa turistico do centro de Portugal, esvaziamento levado a cabo por estrangeiros  apoiados politicamente por uma câmara municipal de maus amadores ,a da Mealhada,  e  um Estado desinteressado pelo seu próprio património e o descalabro instalou-se como a pandemia do virus.

Assistimos finalmente a uma interpelação ao Governo sobre o estado do património comum, a Mata Nacional do Buçaco, um partido, o Bloco de Esquerda, que  teve a coragem de levantar a questão.

 

09
Out19

 A FREGUESIA DE LUSO E A TRISTE CÂMARA


Peter

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D ois anos depois da queda de uma dúzia de metros cúbicos de terra na barreira da Quinta do Alberto, a Câmara retirou os emplastros de cimento que anularam durante duas épocas os estacionamentos da sala de visitas das Termas, no centro do Luso, o que provocou inúmeros prejuízos a toda a gente. A “inauguração “aconteceu no dia 30 de Agosto e esta sala que já foi do município, voltou agora á mesma normalidade, após a triste figura da autarquia e da universidade que, consta, se envolveu no complexo estudo. As ciclópicas obras acabaram de vez, apesar de tudo ter ficado na mesma. Nem mais um metro quadrado, um posto para estacionar, um candeeiro de iluminação, um banco ou um caixote do lixo. Mais nada. O zero absoluto produzido pela política com 140 mil euros, uma pequena fatia do que recebe anualmente a autarquia das Águas de Luso, quantia que caberia à freguesia das termas e ao seu desenvolvimento usufruir.

Já disse aqui que na mão dum ex-presidente de Junta de Freguesia, a limpeza do local não demoraria mais de um, dois dias, mas a gestão camarária demorou dois anos e recuperar morro e praça, sem olhar, minimamente, aos interesses da terra ou aos desejos da gente. Um centro termal que já foi do município, merecia melhor tratamento que uma barreira de estradão e uma rede de pesca, merecia sim um enquadramento urbano adequado. Disto porem, a triste Câmara tem nenhuma consciência, o que a leva a tratar o território sem respeito pelas pessoas e pela atividade que pode criar riqueza para o concelho. E vejamos o rol das distrações e incapacidades.

No caso das Termas, reduzidas a Spa de um hotel, a autarquia coloca-se ao lado da unidade hoteleira das águas e esquece os outros agentes locais ou as pessoas que teimam e subsistem na área. Colaborou, é preciso relembrar, na redução das termas para 500 metros quadrados e com a venda do balneário de segunda, reduzindo a área termal a pouco mais que nada., em paralelo com o aval à deslocação do engarrafamento e sede para fora do Luso, sem qualquer contrapartida, como se vê agora. Outras verdades são que a autarquia nunca levantou a voz em defesa do termalismo, embora as termas tenham sido impulsionadas por dois grandes mealhadenses, Costa Simões e Messias Batista. A Câmara nada disse pelo fecho dos correios, nada fez por estudos conducentes á recuperação ou reconversão das velhas pensões, pelo aproveitamento da linha de água e do núcleo de moinhos de Carpinteiros, o maior do país, pelo problema da falta de estacionamento crónico e o lago, destruído há dois anos, continua destruído. O cinema, sem teto e a céu aberto ou a casa da Miralinda, ex-casa do Povo, a ruir, são fotografias tristes da inocuidade autárquica, em termos políticos, uma avestruz festeira de cabeça enfiada em areias movediças. Uma pequena piscina no parque de campismo, prometida e nunca feita, continua em promessa, e o fabuloso parque industrial de Barrô, uma aldrabice arquivada. E não esqueçamos a ridícula tentativa de fechar o Palace Hotel do Bussaco levada a efeito pela Câmara e pela sua presidência., uma obra de arte da imbecilidade da politica!

Acrescentemos a Mata Nacional e o estado de abandono a que está votada por uma fundação de família partidária, e teremos a imagem indecorosa da maneira como Estado e Câmara encaram património do País. A classificação pela Unesco está longe e o negócio em que transformaram o templo botânico que era a Mata Nacional, arrasa árvores espalhadas pelos 105 hectares da Cerca, acácias, silvados e vegetação vária que invade espaços e interrompe caminhos e veredas, uma lástima vergonhosa e suja. Se a Câmara queria destruir o ativo botânico, A Mata Nacional, conseguiu-o, duma forma incompetente e irresponsável. Basta um passeio pela Cerca Buçaquina para tomar consciência da “barraca” de tiro ao alvo em que transformaram o espaço. A floresta que chegou a ser a menina dos olhos do Ministério da Agricultura é hoje um triste retrato do que foi. Nem Governos, nem a autarquia, um pigmeu em bicos de pé , estão de fora do descalabro ou da incapacidade no que toca ao Buçaco. Basta dar um passeio pela floresta e verificar o -abandono em que se encontra. O estado da Mata Nacional, que foi um dia joia da coroa do Ministério da Agricultura, é hoje uma vergonhosa obra de políticos que se desresponsabilizaram a favor de autarquias e seus polvos tentaculares. A freguesia do Luso vem sendo delapidada inconscientemente por uma gestão municipal que não está á altura de preservar os bens que tem, quer na sua manutenção, quer no desenvolvimento das suas potencialidades.

Luso, Setembro, 2019

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