Mau grado o Luso ter umas Termas e uma Mata Nacional , afinal as mais valias do território concelhio, não tem nenhum vereador na mesa do executivo camarário , uma mesa imposta, não escolhida , mas que mereceu o apoio de quase metade da população deste município naquilo a que se chama urnas. Podemos afirmar que os donos do partido vencedor escolheram bem, feitas as contas o método de Hondt, a única contagem do processo funcionou e abstenção e votos nulos acertaram a verdade dos números em minoria absoluta para convencional maioria.
É precisamente destas habilidades políticas que eu gosto de falar, fugindo á pasmaceira duma democracia prenhe de partidarite aguda , moléstia febril de ambição e de cobiça que perpetua o poder indefinidamente e não permite ao cidadão a liberdade de aceder aos lugares de gestão politica a que efectivamente teria o direito de concorrer, livremente e fora de geringonças.
De deputados amordaçados, a governos , municípios e órgãos estatais, tudo está controlado pela peste de mafias partidárias , trancadas as portas que dão acesso a esse mundo ao cidadão comum, aquele que não concorre sórdida e subserviente pela porta da seita do cartão. Uma democracia coxa e mutilada.
Dizia Winston Churchill que o sistema democrático era mau mas o melhor de todos, mas o nosso, apesar de mau, não será com certeza o melhor de todos, estará longe , pois a uma ditadura salazarenta sucedeu em poucos anos uma ditadura de partidos que despicam entre si , sem civismo e transparência , as cadeiras do poder. O cidadão, cuja única acção no processo de eleição se resume a votar num partido que já escolheu as pessoas, pessoas que não conhece e nunca viu, é o braço dum robot que , manipulado por anti-democratas contumazes, apenas vai confirmar o que está de antemão decidido pelo supra-sumo dum chefe. Isto, que se iniciou em relação a deputados, desce hoje ao poder local, freguesias e municípios. Nos grandes sítios, são desconhecidos, nos pequenos são promotores do processo, meia dúzia de ocupantes estratificados em listas, rotinados na manipulação dos correligionários, apoiantes, interessados e alguns patetas ocasionais que aproveitam o ensejo do lusitano ego para semear traficâncias. Coisas que não sendo crime são factores negativos no imbróglio de favores e contra favores da nossa duvidosa Demo Kracia.
Do grego, Demos (povo) e Kracia (poder, governo) , o presidente americano Abrãao Lincoln simplificou a questão para “governo do povo, pelo povo e para o povo”, o que hoje nos faz rir , e se bem que os próprios helenos livres se resumissem ao cidadão da polis ou cidade estado , o filosofo Sócrates, um defensor incansável das ideias democratas, foi por ela própria condenado á morte e executado. Era um democrata original e honesto.
Mas retomando o fio á meada inicial , o Luso, apesar de não ter ninguém no executivo municipal , vergonhosamente em quatro eleitos três são da mesma freguesia , um até do partido inimigo, o que diz bem dos arranjismos político-partidários e processos democratizantes dos nossos representantes locais ou das jogadas escuras que se fazem na sede do município , o Luso , dizia, teve ganas de voltar à última Assembleia Municipal dar a sua opinião sobre o estado da ‘nação’ para ouvir em voz velada respostas esfarrapadas livrando água do capote. No caso do Bussaco, ouviu-se que o assunto não é com ela, Câmara, porque afinal não é ela que paga cinco mil euros mensais devidos ao gestor da fundação, nem terá sido a Câmara a convida-lo por escolha arbitrária e pessoal. Pergunto-me se fui eu e nós munícipes que decidimos contratar os funcionários, juntamente com a quantidade de assessores arregimentados sem concursos e pagos com o erário público. Aos do Bussaco pagamos desde que a autarquia entendeu subsidiar o Estado propondo-se substitui-lo nos custos da Mata Nacional , com publicação em Diário da República , retirando as verbas do bolo do munícipe. Para alguém que não é deste município, como outros. Teremos sido nós, que não tivemos palavra?
Na cegueira da cidade, a ambição, o desprezo ,o compadrio a cobiça e a vaidade deram lugar á irresponsabilidade das politicas erradas que perseguem e cujo resultado se vê na destruição e ruina dum património florestal valioso e na inércia e falência dum património económico social único no território., as termas, fontes e recurso de parte significativa da nossa população, que deixaram de o ser. Com o aval e silêncio dum poder municipal que ainda não percebeu o território e como tal o tem administrado através duma gestão anacrónica e sem estratégias. Colocaram nas estradas municipais as estruturas da fuga da riqueza até aos confins da cidade polaca de Cracóvia sem acordos compensatórios e a fase terminal do complexo termal passa ao lado da comodidade duns eleitos apostados em fazer festas e festarolas enquanto o território dorme abandonado ao improviso da mesquinhez de interesses.
Quanto á Mata Nacional, se não tivessem subtraído ao Ministério da Agricultura a sua gestão, estaria inequivocamente recuperada e a caminho da sua definitiva requalificação após o temporal que a destruir há cinco anos. Sempre assim aconteceu e já foram muitos os vendavais , mas foi preciso a autarquia meter-se no que lhe não pertence, quer em propriedade ,quer em meios ,quer em sentido critico , para a ruina do presente acontecer.
Razão e conhecimento tem o munícipe que esteve na Assembleia, mas o que lhe fazem os eleitos é passar uma cruz por cima como inimigo público e figadal! Não é cruz de sambenito no entanto é uma cruz com as mesmas intenções , só os tempos mudaram.
São estas politicas erradas e anacrónicas num município cada vez mais mesquinho e paroquial que o fazem adormecer numa paz podre , mantida pelos jogos de influências e pela rotina de gente que está á tempo de mais numa zona de conforto a esgravatar em milho hibrido sem resultados á vista.
Luso, Março, 2018
A nossa luta contra o fogo tornou-se crónica e épica. Na falta de castelhanos, os únicos afinal com quem mantivemos guerras acesas na Europa envelhecida, recorremos finalmente ao fogo posto para manter ocupada a nossa inteligência incendiária, especialistas, estrategas, investigadores, magos, jornalistas, comentadores uma plêiade de portugueses “experts” bem nascidos, bem falantes, bem sustentados nos contornos duma esfera armilar para nos comer a carne e nos deixar os ossos consumidos por lobies. O previsível voltou a acontecer perante o caos dos defensores e da fragilidade dum governo ainda a beneficiar das boas graças do tempo e da hetacombe eleitoral da oposição mas que voltou a não estar á altura do desafio dos fogos. Faz a mesma triste figura dos governos terceiro mundistas que se sucedem uns aos outros e não se preocupam com esta guerra que leva riqueza e vidas. Levam décadas de estudos, dúzias de doutoramentos, toneladas de ideias, montes de dinheiro e, pese a genialidade das armas e dos barões assinalados , feitas as contas são incapazes de dominar o inimigo. Erram os cálculos vectoriais da mesma maneira que as fáceis contas aritméticas e acabaram por fazer apocalipses como ninguém colocando-os no terreno como uma mortífera bomba de partículas atómicas. Perante inocentes portugueses, as cobaias estivais, inventaram acendalhas e produziram infernos onde hoje a pobreza e a humildade dum povo perece em fornalhas apocalípticas como se fossem cristão-novos ou criminosos comuns. Abandonados á sua sorte por governos legitimados pela ganância irresponsável de partidos e de jobs que perderam a noção de quem é esta gente que dá pelo nome de portugueses para se concentrarem nos banqueiros e nos correligionários , os políticos deixaram á solta a corrupção , a defesa e a miséria das pessoas , esta última como se pode ver com o espanto das imagens televisivas que nos entram casa dentro. Esta ineficácia de aprendizes que após a bancarrota leva vidas, casas, animais e bens á frente das labaredas e deixa pregados no chão mais de uma centena de corpos de humanos compatriotas indefesos e sem ajuda como se fossem galinhas depenadas, não é própria nem digna duma democracia, mesmo que a democracia não passe do tubo de ensaio ou experiencia que ainda não conseguiu expurgar os vícios com que nasceu, a incompetência, a mediocridade ou os compadres. Queimados numa fogueira inquisitória e laica ou numa moderna guerra química e termodinâmica estas vitimas inocentes tem culpados na partidarite dum regime que plasmou na guerrilha dos interesses pessoais , duma classe sem condições e princípios para governar um país, que faz da impotência e do amadorismo baronil dos seus agentes e amigos a pedra de toque da governação. Quanto ao tratamento florestal do território, como se vê ,é pura e simplesmente o abandono a um caos sem rei nem sem roque que inclui as pessoas e os bens. Politicas de influência quemtêm calcado aos pés o interesse da economia nacional e do cidadão e os resultados são os que estão á vista, um falhanço total que dificilmente poderia ser pior, um cenário onde os governantes imolaram, por incumprimento dos seus deveres mais básicos, mais de uma centena de portugueses em sucessivas piras de sofrimento e morte sem terem sequer consciência da gravidade do fenómeno no posterior da desgraça.
Não são três ou quatro dias de luto com as lérias habituais nem um abraço á família em dor ou mesmo férias estragadas duma senhora ministra juntas ao peso da consciência existente no poder que apagam os erros cometidos , a asneira persistente , o trabalho não feito que culminou na catástrofe. Não são as visitas do Presidente da Republica que ressuscitam os mortos ou reconstroem os bens , as famílias, os empregos, tudo o que se perdeu com as leviandades de quem manda.
Faltam sim os actos , as estratégias e um objectivo definido claramente no tempo a favor do cidadão e do interesse nacional. Falta o fim das empresas comprometidas e levantadas á pressa para o negócio do fogo , falta transparência absoluta na gestão corrente da coisa publica e um equilíbrio da economia e da cultura no sentido dum cidadão consciente com dignidade de vida e respeitado como tal. Cem mortes de inocentes por desprezo e por incúria não são o brincar que pretendem fazer ser!
Falta fazer um país honesto e sério e acabar com esta brincadeira onde nos meteram escolas politico-partidárias que se apoderam demagogicamente dum poder medíocre, ignorante , num amadorismo pindérico de país do terceiro mundo onde tudo é permitido perante a impunidade de quem é responsável. Não chega o voto para branquear as mortes!
Reordenar o território não é tarefa difícil, o que falta é vontade , como em outras áreas, de trabalhar com seriedade sobre a realidade dum povo e não sob a égide de compadres, de afilhados e amigos e não fazer da nomeação partidária um negócio de selecção de interesses. Aqui, o regime apodreceu e apodrece-nos.
Dois meses depois da vergonhosa tragédia de Pedrogão Grande coube a bombástica experiência á zona centro de Portugal. Uma região que tem empobrecido pela desertificação constante, pela ausência de estímulos económicos e esquecimento por parte dos poderes públicos , pela falta de investimentos com estratégia , quantificados e qualificados, pela divisão do poder em capelinhas sem escala e sem dimensão.
Numa das últimas crónicas evidenciei algo semelhante em relação á Mata Nacional do Buçaco. Quis o acaso, simplesmente o acaso, que não ardesse, no entanto aconteceu muito pior, arderam pessoas. À Mata , que segue o caminho partidário da ineficácia e do jobismo, há-de chegar destino igual , mas aí, do mal o menos, só arde vegetação.
Outubro,16,2017 Buçaco.blogs.sapo.pt
QUEM ACODE Á MATA NACIONAL DO BUÇACO ?
A razão desta pergunta é a sua pertinência e a falta de debate sobre o tema no percurso eleitoral. A verdade é que a mata nacional não é património dos candidatos á câmara da Mealhada mas sim dos eleitores do país, e como tal os candidatos tinham obrigação de saber o que pensa esse eleitor sobre a questão. No mínimo o eleitor do concelho que paga do seu bolso os proventos de quem ali labora devia ver á total transparência o que se passa na fundação e saber claramente quanto vai continuar a despender a autarquia num espaço que não lhe pertence. Não é património da Câmara da Mealhada nem a Câmara da Mealhada tem pergaminhos, sapiência ou meios económicos, para lá das suas capacidades festeiras, e nem sequer obrigação de recuperar este bem que é nacional ou mandato para ali gastar o dinheiro dos munícipes. A discussão não se faz, o poder abusa simplesmente do poder metendo a democracia na gaveta e agindo a seu prazer ou interesse.
Começo por reafirmar que a Mata Nacional do Buçaco é um templo, foi assim concebida pelos Descalços Carmelitas ,não uma catedral de pedra e de reboco ao sabor de municipalidades mas um templo botânico de base religiosa que hoje, depois de quase cinco século de existência, é propriedade de todos nós, portugueses. Parque botânico porque é uma construção da mente humana num período de exacerbado fundamentalismo religioso, algo não muito longe dum Isis dos nossos dias.
Do coberto autóctone resta pouco, substituído que foi pela congregação dos frades, hoje apenas uma mínima mancha de pilriteiros ou adernal, maltratado e de tal modo pisoteado que se pode dizer que o Buçaco está no osso, seco, desumidificado, por acção das práticas duma universidade que fez o que ninguém tentou em quase cinco séculos, limpar as invasoras e deixar crescer as silvas. Admito que esta instituição perceba muito de praias e de charcos mas presumo, enquanto cidadão deste país, que nada perceba de florestas. O resultado do programa Brigth está no terreno e a universidade envolvida fica bastante mal na chapa fotográfica do presente. Na realidade, transformou a Mata Nacional que era um oásis para a vegetação local, num espaço desossado e raquítico ,cada ano mais candidato á ruina dum fogo, uma acção que, percorrendo meia Europa, não se consegue descortinar em locais de idêntico cariz, bem pelo contrário. Em segundo lugar, o Buçaco é um património nacional que foi entregue de forma inconsciente a uma autarquia e desta a uma fundação. O Estado Português livrou-se da responsabilidade financeira sobre o património comum que juntamente com Sintra é único, fugindo aos seus deveres de estado de direito democrático, confundindo assim o sentido de Estado com o sentido de partido e das clientelas respectivas entregando as suas responsabilidades a qualquer capitão mor , tal qual como se fazia num municipalismo oitocentista de poluente memória.
Consequência dum génio “socrático” de fracos auspícios , a fundação está gastando o erário da autarquia que não deixa de ser erário público , para colocar familiares , amigos e clientela política de cartão, naturalmente sem concursos públicos transparentes, ou mesmo sem qualquer concurso publicamente conhecido. Uma fundação “manga de alpaca” fazendo do templo uma feira de vaidades, hipocrisia e deficitária e a caminho duma candidatura á Unesco inscrita á treze anos na bolsa das hipóteses sem qualquer consequência para além da palavra ôca nos ato eleitorais de quatro em quatro anos. Não se sabe pois quando a classificação, pois tanto o património florestal como o religioso ou o laico se encontram num estado de destruição avançado e progressivo , impróprio para classificações. O próprio Palácio de Caça, que não passou de pretensão do rei D. Carlos, sem manutenção desde os tempos em que dependia dos Monumentos Nacionais, está impróprio para as cinco estrelas que ostenta e duvidoso para a exploração. Leiam-se os comentários pouco abonatórios que alguns turistas utentes nacionais e estrangeiros deixam escritos na internet .
Nesta situação degradante onde a irresponsabilidade é total quem acode ao Buçaco e á Mata Nacional ? Haverá desta vez algum Costa Cabral ou Morais Soares capazes de operar o milagre da ressurreição do templo buçaquino fazendo regressar á vida o património nacional? E se por acaso surgisse esse bendito Messias seria em nome da fundação anónima ou dos portugueses? Ou seja, para desperdiçar erário público ou profissionalizar a gestão e o trabalho com saber e eficácia?
Como cidadão deste país, acho inconcebível que se mandem embora para o estrangeiro bons técnicos formados que hoje já temos, para entregar o melhor do património a curiosos e amadores empenhados em destruir o muito que o ciclone de 2013 deixou ficar. A clientes da política partidária e a reclusos das prisões do Estado sem um enquadramento rigoroso feito por quem sabe e se responsabilize pelo espaço e seu conteúdo. Não há muito tempo, numa noite de Natal ardeu um quadro de Josefa de Óbidos, pertença do Convento, avaliado em cem mil euros e não houve qualquer responsabilização, ninguém acendeu a vela, ninguém a deixou acesa! E amanhã, quando arder a Mata Nacional, quem lhe chegou o cigarro ou a folha de eucalipto? Ninguém, como aconteceu. Está Portugal a saque e o poder no meio da rua?
O que lamentavelmente se constata é a Mata estar cada vez mais degradada. Exceptuando os caminhos que levam ao hotel , todo o resto desde coberto florestal até ás ermidas, capelas e respectivos acessos está numa situação lastimosa, silvas que tomaram conta do terreno, árvores e arbustos secos por cada recanto do bosque, clareiras abertas entre árvores seculares perante a vaidade desse folclore político que é o plantar de espécies badaladas numa imprensa do pindérico. A Mata Nacional do Buçaco não é para isto , na realidade corre sério risco de arder, dependendo apenas das condições climatéricas, porque pela falta de limpeza está completamente preparada.
A Mata é murada e embora o muro seja uma ruina , ele rodeia todo o perímetro do parque botânico, porém com a particularidade de não se conseguir observar por onde passa, tal é a promiscuidade entre eucaliptos, pinheiros atacados pelo nemátodo, silvados, acácias, tojos e urzes e toda a sorte de arbustos diversos que se misturam ente o parque e as propriedades dos privados numa promiscuidade desoladora. Se as labaredas chegarem em dia de vento demoníaco como aconteceu em Pedrogão Grande, não há quem as segure e a Mata Nacional vai com certeza de vez.
Será o Estado o réu? Serão os municípios que compartilham os limites? Será o Ministério da Agricultura que fora dos muros em plena serra mantem terrenos e estradas intransitáveis inundadas pelas mimosas? Será a protecção civil que aparece por aí a limpar qualquer coisa depois dos fogos? Serão os generais bombeiros que cheios de condecorações debitam doutoramentos sobre o lume na comunicação social? Será até o silêncio do Siresp das publico privadas ? Será a Câmara da Mealhada que tudo faz para destruir a Mata Nacional afundada na trampa dos cheiros da cidade que não consegue resolver? Serão até os candidatos que tudo prometem e nada fazem?
Está mais que visto que esta não é a solução que serve o Buçaco. Está mais que visto queesta fundação ou qualquer outra fundação servem partidos . Pessoas ligadas a esse mesmo partido, familiares de pessoas ligadas a esse mesmo partido e pior do que isto, gente que não sabe o que tem estado a fazer durante quatro anos em que transformou a catástrofe do vendaval numa catástrofe geral. Deviam ter vergonha !
Luso,Buçaco, Setembro,2017 Buçaco.Blogos, sapo.pt
O muro da Cerca do Buçaco passa por ali algures
entre a Mata Nacional e os eucaliptos dos privados...
já no exterior do parque...
Mas por onde???
Não há por aí uma entidade pomposa chamada
de proteção civil ?
Qual será o seu papel????
Tudo indica, ver arder...
Via Sacra do Buçaco .Onde não há àrvores nem
madeira, nem cabeça, os bancos do percurso da
Via Sacra ou não estão ou estão assim.
Quatro anos de mama não resultaram , a coisa
está bem pior que no começo!!!!
Quem tiver olhos, veja.
Em mais quatro anos talvez acabem com isto...
apesar de tudo, um património nacional.
Como num palco o cenário é enganador. Pelo
interior depauperado a ruína avança em cada
parede , espreita por cada janela aberta, entra por
cada porta escancarada. Ermida do Calvário.
Este é o Buçaco municipalizado ao sabor do
vazio de poder e do irresponsável senhorio...
O medo escondeu a crítica , os abutres comem a
cidade dos deuses , os frades são novos
inquisidores arqueados na prece do perdão...
O cenário, meio tosco meio papel, perdura
enquanto não cai...
Quem te viu e quem te vê!!!!!
Abandonada e totalmente aberta e ao dispor dos
visitantes, a Ermida do Calvário , na Via Sacra do
Buçaco apresenta-se num estado de degradação
continuada com o património existente á completa
mercêde de quem chega.
Nada resta de imagens ou outros adereços da
ermida que foi consagrada pelo bispo de
Coimbra D.Manuel de Melo em 1694, 3 de Outubro,
com procissão e missa.
Uma vergonha para o Estado Português que entrega
o património a fundações cuja incapacidade está
a vista de toda a gente mas que ninguém procura
salvaguardar da destruição e da ruína.
Era bom que se entendesse a farsa política que
está por trás desta delapidação do património
pátrio e se deixasse de brincar com
a herança comum.
Mata Nacional do Buçaco, a vereda de acesso ao
miradouro capela de S.Antão. É preciso pedir licença
aos catos para passar. Belo trabalho da afundação
numa Mata Nacional onde o fogo pode entrar
em qualquer altura por falta de limpeza na Mata.
Um "bonito" aspecto da Via Sacra da Mata Nacional
do Buçaco, ou seja, uma das muitas silveiras que
abundam no espaço entregue á fundação que a gere.
Esta foto, e centenas de outras que se podem
reproduzir , não fazem parte duma exposição que
ocupa todo o Verão o salão do chamado "Casino do
Luso", para tapar os olhos do cidadão.
O perigo de incêndio que pesa sobre o património
nacional é grande perante a leviandade dos que
fazem e representam os políticos.
Na foto,de ontem, se pode ver, limpo, sem tretas!
N esta fotografia com data de ontem com a serra
do Buçaco envolvida pelo fumo dos fogos pode
ver-se a partir do canto esquerdo todo o muro da
Cerca dos Frades desde a Porta das Lapas até á
Cruz Alta, no ponto mais alto da fotografia.
Pode ver-se , mas não se vê porque o muro em
toda a sua extensão funde-se e desapareceu entre
a vegetação, a de fora e a de dentro , fazendo assim
comungar a propriedade privada com a pública
numa promiscuidade total.
Como nem uma nem outra estão limpas um
fogo que suba da estrada Luso-Prenacova em dia
ou noite de vento, pode muito provavelmente levar
pela frente o rico património florestal da Mata
Nacional do Buçaco, entregue pela política ao
municipio e á sua fundação partidária.
Como se pode perceber, a irresponsabilidade
é total!!!!!
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