100 anos CAMPO DE AVIAÇÂO
Peter
No dia 10 de Maio corrente passaram cem anos sobre a inauguração do campo de aviação do Bussaco, uma obra que contou com o apoio da Junta de Freguesia do Luso, das Àguas de Luso, da Comissão de Melhoramentos , da população da freguesia que contribuiu com horas de trabalho , dos comerciantes e industriais nativos. Nesta fotografia centenária podem ver-se os pilotos que acompanharam os três aviões da força aéria, entre os quais estava o capitão Craveiro Lopes, um homem que mais tarde foi general e desempenhou o cargo político de Presidente da Republica. O campo, ou aerodromo, rasgado no planalto da serra a quinhentos metros de altitude, não teve o sucesso que se esperaria e, porque era pouca a sua utilização, diversificou os recursos turisticos e passou a servir igualmente de campo de golf ao serviço sobretudo dos clientes do Palace do Buçaco. Foi frequentado pelo próprio Craveiro Lopes e maioritariamente por germanicos e ingleses.
O Luso , mercê das termas, passou de aldeia a vila mas não chegou a cidade, apesar de recentemente , entre os três candidatos ao lugar , surgisse perante a lei como a mais bem pontuada povoação para o ser, apesar de nehum dos pretendentes terem tal pontuação. Como sempre, mesmo sem aval da lei, foi tudo para a Mealhada , donde em contrapartida nunca veio coisa nenhuma. O Luso não tem história escrita, apesar dos muitos episódios que pela freguesia tem acontecido e não chegou a concelho em 1900 , quando era bem mais importante que a sede concelhia, porque ela própria , municipio, foi o primeiro e talvez único opositor ao desejo manifestado pela popução. O Luso não tem história a sua escrita, mas dentro deste território administrativo tem uma história real que nenhum outro tem, coisa que a administração publica nunca levou em conta. Esta falta de história escrita é um lapso tremendo na memória comum , uma vez que comunidade sem referências, cultura própria, anseios , digamos sonhos, é uma terra sem identifição interior , sem alma.