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______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

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16
Jan19

PALACE HOTEL UMA HISTÓRIA DOS DIABOS


Peter

O APITO  FECHA HOTEIS  OU AS AVENTURAS

DUM AUTARCA EM FIM DE VALIDADE

buçaco neve1.jpg

Não, afinal o Hotel do Buçaco não fechou. Foi condenado mas não fechou. Condenado por várias  suspeitas, foras da lei, indios, agentes do mal, tudo isto presumido  pela voz dum senhor edil,  casualmente presidente da Câmara da Mealhada, ao entender que um sensor avariado que não apitava devidamente  era uma gravissima ameaça ao funcionamento do hotel. Como tal o hotel fecha-se. Aliás já fez várias tentativas para o fechar Se lerem as atas da autarquia pela voz presidencial, é isto que diz,  o estado gravissimo da central de fogos que um coronel em Aveiro resolveu substituindo um censor. Foi necessário ir a Aveiro e a  um coronel da proteção civil para mandar mudar o censor. Aliás foi preciso o presidente  pressionar o coronel presidente como fazia a saudosa Ivone Silva quando era Olivia criada ou era Olívia patroa. O que aconteceu foi isto e não a trama urdida por um casual presidente duma câmara que gere  duma forma aberrante e autoritária um património do Estado que lhe foi cedido por Sócrates através duma fundação amigável para entreter uns clientes políticos. Não o Sócrates grego que era sério. Pela mesma câmara com que a fundação pedala utilizando o dinheiro de todos munícipes para gastar no que não lhe pertence deixando ruir os bens próprios.  Esta incapacidade e incompetência à vista, é o resultado de anos de trabalho inglório , nada avançou no espectro geral do território , nem economicamente, nem em condições de vida, nem em empregos conseguidos , nem em riqueza criada, desenvolvimento , investimento. Nada que tenha tido influência no panorama geral do concelho.Em obras de vulto, apenas se regista o aumento da Etar, em asneiras de vulto compra-se sucata imobiliária, engendra-se um suposto museu para comprar uma quinta  de ex-camaradas cujo investimento paranoico de 2,5 milhões de euros pode criar na melhor das hipóteses dois empregos , uma conservadora e uma empregada. Que diabo de gestores são estes num país á beira da falência ? Há gente por menos em manicómios...

buçaco foto.bmp

Esta compra ou negócio deixa em aberto muita especulação, primeiro porque  não faz sentido, segundo porque cheira a compadrios políticos, oxalá seja só cheiro,  terceiro a carga financeira vai cair num próximo executivo que, a não serem os fracos exemplares que nos governam  , serão alguém que vai engolir o sapo. Isto não é feito por acaso e não se faz, é sujo e pensado para que, sejam quais forem os resultados eleitorais, a autarquia eleita a seguir fique presa ao pagamento deste disparate. Se for jeito e meter luvas,  coisa em que não acredito, ficam as contas saldadas para quem sai , e que se amanhe quem vier .Se era jeito foi feito a contento, se o não era, paga o Zé a maluqueira! De qualquer modo em política séria isto não se faz em vésperas de eleições, é uma forma de corrupção encapotada, entre políticos  de pouco senso e pouco respeito pelos vindouros. Ou nenhum senso. Outras asneiras de vulto são os megalomaníacos mercados em Pampilhosa e Mealhada quando o ciclo dos mercados passa exatamente pelo contrário, pelas áreas comerciais de média dimensão ao alcance dos privados que vão alargando a sua zona de influência até conquistarem por completo o mercado. Os da autarquia são investimentos vultosos e ruinosos  que no fim vão ser inúteis motivados por ignorância ou outras razões que eventualmente o tempo nos venha a mostrar e vão custar 4 milhões  de euros! E há um desinvestimento importante na área do turismo, com a transferência dos respectivos serviços do Luso para a Mealhada e a destruição dum património centenário , a marca Luso-Buçaco. Se tivéssemos uma Junta de freguesia independente e com capacidade financeira, este assunto poderia e deveria ser discutido em tribunal, pois a Câmara não tem o direito de retirar a uma freguesia aquilo que quer e porque lhe apetece, tal como fez o fascista  Manuel Lousada quando em 1955 roubou a fonte á freguesia do Luso sem ter legitimidade para tal. Legalmente, a fonte pertence ainda á freguesia do Luso, é sua propriedade como sempre foi desde que há notícia histórica, primeiro da Vacariça, depois do Luso. Da Câmara nunca foi , foi simplesmente roubada por um acto do fascismo ainda por remir. Mas aí, estou convencido que um dia  uma Câmara honesta e séria reporá a ilegitimidade e ressarcirá a freguesia da água que anos e anos utilizou como sua receita própria. Essa água tem que ser paga á freguesia com a restituição do bem. Se assim não for viveremos num covil o que não não se pode permitir que seja o caso num país de direito democrático.

Face a este intróito, e voltando ao problema  do Palace Hotel do Buçaco , o que fez a Câmara face ao sensor que deixou de apitar ? Moveu este mundo e o outro para fechar o hotel com ofícios assinados pelo presidente  que nas duas Assembleias municipais seguintes defendeu que não foi ele.Teve o azar de nos passar á mão a correspondência que escreveu e assinou exactamente a pedir uma rápida vistoria e o fecho da unidade hoteleira. A suposta imprensa da região não diz nada porque estão dependentes das câmaras na sua sobrevivência, louvam-lhes os atos  mas não os desacatos. A começar pelo "calino" o Diário de Coimbra que a partir daquela cidade deveria liderar a informação regional com isenção e verdade mas faz como todos os outros para sobreviver. Aquele diário, só vale por alguns textos de opinião entre eles os do ex-candidato a presidente da República Henrique Neto, um homem lúcido e conhecedor que aponta sem hesitações muitos dos cancros que comem este país. De resto, o cenário desta imprensa passa pela mesma mama do Estado por que passam inúmeras entidades existentes e não existentes neste país. Onde começa e acaba o Estado nunca se sabe.

O que escrevo está á vista, quem tiver dúvidas sobe a serra, entra na Mata  Nacional e verifica pelos seus olhos como ela está. Se é um velho amante daquele espaço não vá, tem uma desilusão, é que a  Mata do Buçaco nunca esteve num estado tão lastimoso como agora, a fundação não fez nada em prol do espaço, não fez nem sabe fazer a não ser umas brincadeiras para enganar os tolos. Ao escrever isto podem pensar que estou a exagerar, mas não, não estou. Nasci aqui, fui dez anos administrador delegado da Junta de Turismo na área   abrangida pela   Mata, trinta e cinco anos membro da assembleia municipal , oito anos vereador da câmara, sei do que falo, sei o que digo. E tenho amor á terra onde nasci. Quanto aos gestores envolvidos na Mata Nacional tenho pena que nenhum seja deste concelho , são gente escolhida a dedo que ninguém conhece, filhos e enteados dos partidos, estão cá de promessa pelo dinheiro que ganham , não por amor a um chão que não é o deles. É que afinal, nem o presidente da Câmara nasceu neste concelho!  

Mesmo assim, o poderoso autarca utiliza um lápis pior  que o lápis azul da censura pidesca para fechar o hotel, o hotel registado com o número um dos hoteis de Portugal, conhecido na Europa e no Mundo , coisa que ele não sabe sequer . E ao exigir o fecho esqueceu-se dos quarenta funcionários altamente especializados que tem a unidade hoteleira.  Na sua leviandade e irresponsabilidade política chama-lhe amor ao Luso e ao Buçaco, por isso  mandou tão rapidamente fechar levando atrás de si as 40 famílias que são gente, não robots. Mandou-os simplesmente para a rua , a eles e às famílias. É um acto político intolerável, impensável , irresponsável , sujo, talvez a precisar de medicina preventiva na área psicológica. O seu objectivo  é retirar  a concessão ao Estado e entrega-la á fundação.

tocha 2011 007.JPG

Ainda em relação ao Buçaco, o que deveria preocupar o sujeito é a próxima catástrofe que está á vista e vai acontecer e que será o aluimento das estradas  que percorrem o interior da cerca. Basta conhecer um mínimo do Buçaco para , olhando para os paralelos das vias acertar no prognóstico, fruto duma actuação ignorante  e desenquadrada da fundação , que não conhece e nem quer conhecer uma regra simples que vem há séculos da Ordem Carmelita dos Descalços desde que plantaram a Mata . Todos os funcionários florestais a sabiam e seguiam , foi o ABC da Mata Nacional até que uns engenheiros de cordel vindos de Aveiro a quiseram ignorar e o resultado está á vista, até as estradas vão ruir  a curto prazo. A verdade é que o Buçaco nunca escapou aos efeitos das mais variadas espécies de temporais, tempestades, ventos, ciclones, o mais pesado de todos nos meados do século passado que lhe colocou meia floresta no chão, mas outra verdade insofismável é que sobreviveu a todas e de todos regenerou em tempo record, em meia dúzia de anos a mancha florestal retomava o antigo porte e vigor. Agora , os oportunistas políticos , talvez néscios e ignorantes do que seja a mata e o seu comportamento, transformaram a  recuperação num tacho crónico que os partidos políticos utilizam para satisfazer clientelas e para ganhar importância mesmo com patrimônio alheio como é o caso da Mata do Buçaco , um património nacional onde o Estado não investe um tostão que seja porque entregou essa responsabilidade ao cidadão munícipe da Mealhada. E só um exemplo para mostrar o anacrônico sistema. Eu e muitos vizinhos temos de passar numa rua da urbe  com 300 metros entre muros sem qualquer defesa ou proteção e sem uma margem pedonal onde possamos caminhar com alguma segurança.Desviamo-nos das viaturas ligeiras e pesadas quando se cruzam na estrada passando a escassos centímetros do cidadão a toda a velocidade.  A Câmara da Mealhada não tem dinheiro para construir uma passagem pedonal, mas tem centenas de milhões de euros para gastar na Mata Nacional do Buçaco que não lhe pertence. É a única Câmara deste país onde o estranho fenômeno acontece pois ninguém quis tamanha responsabilidade, a exceção é este grupo de “Chicos” da política , a autarquia e os seus  autarcas gastam no que é dos outros "roubando" recursos aos municipes para gastar no património alheio ? Terão esse direito ? Não haverá gente nos manicômios por ideias melhores? Não lhes quero chamar "grunhos" como faz Pacheco Pereira em relação aos rapazinhos da bola, mas Chicos é o termo, aportuguesando as coisas.

Não fosse uma providência cautelar interposta pelo concessionário do hotel e as cautelas demonstradas pelo coronel em Aveiro e mais uma desgraça era despejada pela própria  câmara sobre o concelho e a freguesia do Luso, frequesia que francamente já não sabemos se faz parte do território municipal ou não , tão abandonada está pelo orgão municipal que não tem feito outra coisa senão juntar á destruição da  Mata Nacional á destruição das Termas do Luso, sem demonstrar qualquer capacidade, estratégia ou interesse na sua defesa. o Executivo camarário é um orgão morto , uma espécie de mordomia á antiga portuguesa para organizar umas festas , folguedos, foguetórios. Sem ideias, sem criatividade, sem racionalidade e sem democracia.

E a  maior tragédia  reside no facto de eu estar a falar verdade. Antes tudo fosse uma mentira   engendrada pela minha pessoa á procura de algum provento ou galão, mas não, eu não  procuro nada pessoalmente, tudo isto é a realidade dos dias de hoje , as Termas morreram, na outrora freguesia que proporciona mais empregos hoje não há um ganha pão sequer para os seus filhos. Não os meus, esses já tiveram de abandonar o país para sobreviver, mas para os filhos e netos de quem ainda vive e luta pela sobrevivência. Por isso não me inibo de dizer que temos um executivo camarário que não presta, não tem capacidade nem conhecimentos para gerir o concelho, apesar de pequeno e com algumas potencialidades que devem ser identificados, pensadas,  estudadas e desenvolvidas. Sem pensar em votos e tachos , mas com nobreza de princípios e honestidade de meios, Isso, na minha modesta opinião , não existe hoje no município. Muito do 25 de Abril não se cumpriu e se o cidadão não repensar o chão que pisa na busca dum futuro diferente, mais equitativo, mais solidário e livre, não sai deste cais de lama.E devemos fixar nas nossas mentes que os políticos estão ao nosso serviço, não somos nós que estamos ao serviço deles. Sem cidadão não há políticos.

Finalmente quanto ao Palace Hotel, louve-se o bom senso da proteção civil distrital bem como o sentido da responsabilidade demonstrada pelo concessionário Alexandre Almeida que com uma providência cautelar evitou o fecho da unidade hoteleira. Teve o respeito, a dignidade e  sentido do dever que a autarquia não teve , ao optar pelo despejo como se as pessoas fossem cães e os seus filhos  cadelas, sem levar em consideração a vida dos seus munícipes nem as dificuldades que , uma vez fechada a unidade hoteleira, terá em reabrir percorrendo a via sacra  de burocracias  que um monumento nacional tem que percorrer para voltar a abrir ao público. Com um caminho destes aberto a golpes de mão, podem os munícipes estar certos que o precipício não demora. SE houvesse alguma seriedade e vergonha nestes comedores de partidos renegociavam com  o Estado a entrega do património , pois é a esse Estado e não aos municipes da Mealhada que cabe pagar o pato.  

Se fosse num país PAÍS  o presidente demitia-se , nem o poder central nem o cidadão local lhe dava mais hipoteses . A solução seria demitir-se, não só pelos actos em si mas por mentir negando o que assinou à Assembleia Municipal, sem qualquer respeito pelo cidadão eleitor e perante  o silencio ruidoso duma maioria que não abriu a boca.  Convenhamos que em politica não vale tudo, os sobas africanos acabaram e as oposições devem ser claramente informadas dos actos que o poder pratica. Inclusivamente , como diz a lei, informando sobre o que faz  á verba anual de cerca de 400 milhões de euros que recebe das àguas do Luso ou de qualquer outro orgão onde  a câmara tem interesses. Faço votos para que ninguém se  aleije um dia  por coisas como estas que venham a terreiro de algum modo. 

Aqui , neste rincão  de sol ocidental onde se pede a  um"inocente" o favor de ir para a prisão pelo seu pé  para   cumprir uma pena avalizada por doze juízes, isso não acontece, não existem demissões. Por isso eu peço perdão por escrever tanta verdade e  digo ao cidadão para abrir os olhos , sobretudo os novos não se deixem embalar nesta teia de mentiras. É preciso pensar mais e construir cidadania em cada um de nós. 

(nota: as fotografias são dum Buçaco antigo, nada tem a ver com o actual)

 

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