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______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

15
Dez22

S.JOÃO DO DESERTO, a FUNDAÇÃO e a CÂMARA


Peter

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 A ermida de S.João do Deserto património da UNESCO?

Sabendo nós que o municipio da Mealhada está politicamente entregue aos craques da Pampilhosa do Botão , apresentamos uma fotografia da ermida de S.João do Deserto , na Mata Nacional do Bussaco, representativa do excelente trabalho que vem sendo feito  naquela floresta publica. A imagem diz muito do trabalho levado a  cabo e parece a porta aberta para o património da UNESCO, num ano em que a Mata não ardeu por mero acaso. Como não havia ninguém da freguesia do Luso entendido na matéria nem com formação superior em florestas e conhecimento  profundo do património e da história, coisa que não procuraram saber, resolveram pescar um craque  na dita Pampilhosa do Botão , até um ano antes  do fim do mandato anterior, tirando ou roubando o lugar a jovens licenciados que bem precisariam dele. Por fim, andam a preparar a tranferência do Centro de Saúde do Luso para a mesma Pampilhosa do Botão, quem sabe se a próxima grande cidade concelhia.  Se olharmos para o orçamento do próximo ano acabado de aprovar, a  mesma Pampilhosa do Botão, que acabou de ser beneficiada com um discutivel mercado municipal de milhões de euros, tal como a Mealhada, está de novo contemplada com dois milhões de euros , fora os trocos, para reerguer uma velha albergaria que não vai servir para nada em termos do território, talvez  surja apenas face ao fracasso do estratégico by pass ferroviário que nunca vai ser feito. Tal como o campo de golf projetado para um lugar errado, os craques continuam a levar investimentos patéticos para a sua freguesia, sem qualquer consideração pelo resto do território concelhio, sobretudo por aquele que oferece recursos evidentes. Os mesmos craques da Pampilhosa do Botão , já se esqueceram do  bonus que perderam na construção do centro de estágios do Luso, em principio por pura distração , mas enfiaram a viola no saco e nem xus nem mus. Politicamente, os paroquianos do elenco municipal não sabem o que andam a fazer, gastando o orçamento pela mão de mordomias politicas que não largam o poder. No dito orçamento, a freguesia do Luso, além do acabamento duma obra que fazia parte do centro de estágios inicial, não leva nada neste mandato, o mesmo que levou em três mandatos anteriores, para além duma retrete publica na principal entrada do parque do Lago e dum parque de estacionamento fora do sitio adequado, por isso sempre vazio e de dificil acesso. São o espelho da intencionalidade desta gestão de craques, pouco preocupados com o desenvolvimento e o investimento reprodutivo no concelho.  Este abandono do Luso Bussaco turistico é  vergonhoso com um apagamento consecutivo de investimentos vários e a falta de dialogo permanente com os agentes locais da respectiva atividade, a hotelaria e o turismo. A casa de turismo construida na Mealhada faz parte deste estratagema filoménico de destruir as termas, ao que se alia  a falta da prometida piscina do parque de campismo,  a não recuperação da sala de espectaculos, o velho teatro avenida, que  continuando na saga da sua queda natural, parede após parede,  não vai durar muito tempo mais, ou o antigo centro de saude, a casa da Miralinda que sem proprietário conhecido, vai cair igualmente pedra a pedra, ou umas obras de reabilitação da zona central que há meia duzia de anos não acabam, bem como o próprio parque do Lago , quatro anos fechado.  Tudo isto e uma Mata  Nacional que querem desagregar da freguesia e que felizmente não tem rodas para levar para outro lado, mas tem servido bem alguns empregos. Além de um Palácio Hotel do Bussaco, a primeira unidade da sua categoria registada no turismo de Portugal no principio do século passado e que pretendem destruir através da ignorância com que tratam os assuntos. Não se pode pedir á curiosidade  o dom da sabedoria, sobretudo a quem nunca passou pela obra que tem na mão. Se fosse futebol, sim.

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 O telhado a ceu aberto para se ver do satélite???

O executivo paroquiano ano da Mealhada, se tivesse respeito e dignidade parente o cidadão comum e perante o cidadão investidor,  teria por obrigação primeira ter uma estratégia de actuação em muitas areas da actividade turistica , uma estratégia aberta a´comunidade interessada, no sentido de recuperar o tempo perdido com soluções  pensadas, discutidas e  atuais, levadas a cabo num plano estratégico com metas e com prazos. Meter no orçamento anual o fantasioso Luso 2007 que os craques  fizeram para serem embalados como crianças de colo, se não existirem outros motivos, é brincar com a freguesia e com um concelho , tão pequeno de estensão como de ideias. Para o Luso e para o turismo, este orçamento de facto é um  zero absoluto, que mais uma vez  defrauda a freguesia , o concelho, a população e o património. Património que a existir no municipio é na freguesia do Luso, em dezenas de estruturas a necessitar de ressurreição com um programa publico/privado adequado. È para o que servem as bazucas a quem sabe disparar. Enquanto isso, os craques investem no choradinho dum obsoleto traste imobiliário  que nem inglês que ver e procuram apagar do mapa do país o Luso/Bussaco, uma marca duas vezes centenária que deve ser respeitada e não vilipendiada , como está a acontecer. Um municipio que não respeita os seus valores, digamos em boa verdade que não os fez mas foram parar-lhe á mão, não tem grande legitimidade para lhe comer os frutos. As paróquias acabaram hà muitos anos e os morgados e craques deste território de duas dezenas de almas, já mostraram  suficientes fracassos  nas estratégias balofas dos seus reinados. A Cãmara não é propriamente um rancho folclórico (com o devido respeito) nem  uma mercearia com um mercieiro á porta.   É preciso mudar os tempos , e numa terra de cozinhas, ir buscar bons cozinheiros.                     

01
Set22

BORDALO,O SEU A SEU DONO...


Peter

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BORDALO, O SEU A SEU DONO...

Em fevereiro de 1887, Rafael Bordalo Pinheiro  faz um contrato com o Governo português relativo á construção dum monumental conjunto de 86 figuras escultóricas destinadas a guarnecer as capelas  da Via Sacra do Buçaco. Era ministro das Obras Publicas Comércio e Industria, Emidio Navarro. Tinham-se reunido no Luso e no Bussaco e dali seguiram para as Caldas da Rainha onde selaram o negócio por um custo total de nove contos de reis.Navarro visitara a fábrica de Faianças das Caldas da Rainha e tinham acordado estabelecer um contrato com o fim de substituir as imagens então existentes, talvez obra dum ex-religioso do convento carmelita ou mesmo de bonecreiros de Aveiro e que agora se encontravam em mau estado, não condizente com o património arbóreo do parque botânico onde estavam inseridas.

Assinado o acordo, Bordalo Pinheiro iniciou os projectos artísticos e com os seus colaboradores deu principio aos trabalhos baseado em estudos sérios e pormenores artísticos de grande qualidade, chegando a fazer 56 figuras dos agrupamentos ensaiados, alguns com a sua assinatura, 

Por razões várias, entre elas a saída do país em missão especial e depois a morte do artista, ao que sucedeu a falência da fábrica de Faianças, em 1908, chegou-se a um ponto em que as esculturas existentes, cujos custos já tinham duplicado para 18 contos de reis, não tiveram continuação nem as figuras já executadas e pagas foram entregues ao Buçaco, permaneceram sim espalhadas por vários locais da olaria.

Entretanto pela fábrica, que seria vendida em hasta publica m 1908, foi solicitado ao Hospital Termal das Caldas da Rainha, um pavilhão do parque D.Carlos I onde pudesse guardar a obra feita, que pertencia ao Estado. Ali ficou o conjunto das figuras até que em 1960 foram levadas para o museu José Malhoa, onde se encontram hoje em exposição.

Obra inacabada mas de grande valor artístico foi paga por um orçamento publico destinado à Via Sacra do Buçaco e não ao Museu das Caldas, o que constituiu um erro além duma apropriação ilegal dum bem que nos parece, pertence ao espólio religioso do Buçaco, facto que entidades responsáveis nunca ponderaram, decidindo em nome próprio a favor de terceiros numa gratuidade revoltante. O próprio museu rececionante se devia e deve sentir incomodado, por expor um bem que não é seu.  Seria importante que a obra inacabada fosse finalmente entregue ao legítimo dono, repondo a justiça e seriedade das entidades envolvidas no seu devido lugar. É que na verdade as figuras pertencem ao Buçaco, assim foram devidamente liquidadas pelo erário publico.

Ficam dois pormenores ilustrativos.

28
Jul22

BUÇACO NÃO ARDEU DESTA


Peter

Onde está o aceiro que devia estar visivel nos seus metros de largura?

Onde está senhor responsavel há um ano pro-bonus? O que esteve a fazer ?

Não ardeu mas andou perto. Entre duas opções o acaso  do vento escolheu uma, a do Mondego e sua livraria,  se assim não fosse a outra era a encosta  leste da Serra do Bussaco, de Boas Eiras a Carvalho Velho, Carvalho e Stº António  ao longo da ribeira de Aveledo, toda ela envolta em eucaliptos, matos, acácias e outras espécies  de intenso combustivel. Se o vento virasse para nooeste,  chegaria à  Mata Nacional, onde o aceiro principal que a defende, se esconde debaixo de urzes e matos vários, onde crescem acácias, eucaliptos, mimosas sem flor, lixo e toda a excelência da boa combustão. Passava um carro de bombeiros, hoje não passa nada. Devia ver-se o terreno nesta fotografia, não não vê, como não se vê no perimetro da Cerca. Saberá onde é o novo presidente , um ano de pro bonus  com o rendimento de vice presidente da câmara , conforme se deduz da ultima reunião da autarquia, não conheceu a Mata ? Nesse ano de pro bonus, como tão bem salientou numa página inteira do Diário de Coimbra louvando o seu serviço, o novo presidente da A Fundação não sabia da existência do ACEIRO ? Se o sabia, não o mandou limpar, um ato com um contorno criminoso. Se não sabia, está visto o seu interresse num ano de interino de pro bonus!  Ide às Portas de Sula, entrai na Mata e vede a limpeza interior convidativa a gigantesco incendio. De S.João do Deserto às antigas cocheiras e ás Portas do Serpa , uma miséria. Obra do recem nomeado presidente da A Fundação socialista, herdeira de Socrates, que num ano pró bonus em gestão, (?) deixou naquela lástima,  a Mata Nacional. Como se pode confiar neste gestor pro bonus? O cidadão interessado pode visitar o parque e testemunhar a ignorância de quem manda.

 

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A bela imagem que deixa o gestor nomeado, vê-se a sua competência um ano após..pro bonus (?).

Em face desta obra, ganhou o não existente concurso publico para presidente da fundação, sem transparência, por nomeação politico partidária, com as habilitaçóes de cliente e a insconsciência dum governo. Pela mão dele, se o vento ou incendiário o desejasse o património da Mata nacional   poderia ter ardido.  É preciso que se saibam estes tramites, que haja clareza nos processos , na defesa do que é nosso.  Na mesma reunião da autarquia, ficamos sem saber quem lhe paga os cinco mil euros que vai ganhar no cargo, mais que o presidente da  edilidade, como se ouviu dizer. O Zé porém, ganha 700 euros se ganhar e alguns reformados 240 euros.  Daí nasce o segredo matando a concorrência na mafia partidária. Se o Estado não pagar, como se depreende da ata daquele orgão, há-de o municipe pagar pelo que não lhe pertence, como vem acontecendo. A Cãmara, em vez de lhes pagar, devia por o Estado em tribunal por ser a unica  A Fundação a cargo de municipes no país. Uma vergonha para os  pacóvios que aceitaram os custos num mandato anterior, com o fim de destuir o património, como está destruído. Num país sem rei nem roque tudo pode acontecer. Ao senhor presidente podemos dar os parabens pela sua habilidade, não pela capacidade e conhecimento que um ano de interino demonstrou. Deixou a Mata na lástima em que estava, senão pior.  Oxalá não arda a casa nos anos que se seguem., pela irrespnsabilidade de quem chega. Depois, reforme-se, com a reforma de vinte vezes um coitado, é o que faz melhor. Com seriedad, a Mata Nacional necessita dum administrador profissional residente e competente e com currriculum e uma equipa de gente especializada me florestas, além dum corpo de guardas florestais, como toda a Europa tem.  Nada que seja dificil ou complexo  que a Mata já não tivesse tido com  excelentes resultados. Acabem com empreiteiros futebolisticos , amigos e familias partidarias, nestas como em muitas outras funções, usando seriedade,  honestida,transparência, competência e com profissionalismo.

11
Jul22

O MURO E O CRIME DOS ACEIROS


Peter

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Onde está o aceiro entre os eucaliptos privados e a Mata Nacional?

O MURO DA MATA  SEM DEFESA

e o CRIME   DA OMISSÃO DOS  ACEIROS

Na fotografia acima, batida na tarde de hoje pelas 18 horas, pode ver-se a encosta da serra do Bussaco na parte onde a Mata Nacional confina com propriedades exteriores ao muro da Cerca carmelita do seculo XVII. O muro da Cerca passa ao lado da casa branca que se vê à esquerda , antiga casa do mestre e alguns metros adiante sobe até à capela de  Caifaz, às Portas de Coimbra, ao refúgio de Santo Antão e finalmente  atinge a Cruz Alta nos seus 548 metros acima do nível do mar. A todo o comprimento  do muro, no seu lado exterior, corria um estradão desde a Porta da Cruz Alta até à Porta das Lapas, que numa parte era transitavel por viaturas todo-o-terreno, até às Portas de Coimbra, via coincidente com um  largo aceiro corta-fogos , uma primeira proteção á Mata Nacional. Onde está o aceiro de 15/20 metros? Onde está o muro ? Tudo coberto por combustivel que o total abandono e irresponsabilidade  permite. A fundação existe para proteger ou destruir a Mata Nacional?

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Esta segunda imagem,batida no mesmo dia, mostra o mesmo aceiro na encosta contrária do Obelisco, voltada para o concelho de Mortágua. Por onde entra um carro de bombeiros ? Este  e pior ainda, é o estado caótico  em que a fundação e o Estado  protegem um bem  comum dos portugueses que lhes pagam para isto! Deprimente !

Como se pode constatar pelas imagens feitas hoje, quando o país está assolado por altas temperaturas e a floresta arde de norte a sul, não se vê o muro da Cerca carmelita e muito menos o aceiro de proteção. Toda a matéria combustível que se acumulou sobre a cerca e o aceiro, constitui hoje um excelente meio de propagação dum fogo que suba a serra através do mundo de eucaliptos que tomaram a encosta exterior  e se confundem  com ela. Empurrado pelo vento , não há bombeiros que o segurem, no entanto, o estado em que o Estado deixa o seu património, é este, enquanto nas televisões os responsáveis procuram culpar o cidadão que não limpa os seus terrenos. Não sei se estes perigos que existem por omissão, serão considerados crimes, mas até ao momento a imunidade tem beneficiado estes curiosos que andam de cargo em cargo, espécie de clientela que não  responde pelos atos  e menos pelos desacatos. 

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Neste pormenor na Cruz Alta  podemos observar à direita um naco do muro da Cerca, encolhido  ou escondido entre os pilriteiros de dentro e os de fora. No solo, dum lado e de outro,  são gigantescos montes de combustivel á espera da combustão. Quando este parque botânico arder, ninguém será responsavel?

 Quando uma tempestade deitou abaixo o cedro de S.José, o mais velhinho da Mata (1646 ) foi porque a gestão da fundação não se preocupou minimamente com o facto da espia de aço que o  vinha sustentando se ter partido. Partida , deixou de o segurar sobre a peanha onde assentava e o vento fez o resto. O cedro ficou nas tripas, responsabilidades, nenhumas. A cinco mil euros mês o negócio não  é mau! Outro caso foi o  quadro de Josepha de Óbitos (séc.XVII) arder dentro do convento numa noite de Natal. A má porta, o quadro assinado pela autora valia cem mil euros. Não estava protegido nem tinha seguro ativo. Assim é tratado o património nacional por curiosos compadres nomeados pelo partido, sem qualquer conhecimento ou preparação.  Outro tanto aconteceu com uma barragem agricola na base da serra , capaz de servir o regadio do vale da Vacariça e acudir a incêndios no perimetro florestal. O projecto foi aprovado pelo ministério da Agricultura, o regadio foi feito, mas a barragem, por zangas  entre a CCRD e o presidente da câmara, morreu em duas gavetas, a do ministério da agricultura em Coimbra e na gaveta cabralina da câmara da Mealhada. O edil , satisfeito, roeu as cascas.

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Rua nas portas de Sula, pormenor duma desgraça que vai até á Cruz Alta por todo o noroeste da Floresta. E não falamos no perimetros da serra, cuja desgraça é igual. É caso para dizer, Buçaco, quem te viu e quem te vê na mão de mercenários da treta !  Quanto não valiam Buçaco, as antigas burricadas ! Que falta fazem !

Toda esta gente , mais mordomia de paróquia que políticos, está imune às asneiras que faz . Será crime ou não será crime o facto consumado por  omissão dos responsáveis?  No caso dos choferes dos  ministros  sabemos que o não é, aqui, trata-se de  curiosos que não sabem a matéria, sobem apenas no tacho por interesse e compadrio.  Vergonhosamente, este bem de valor botânico incalculável que é o Buçaco, está nas mãos dum município incompetente, sem meios práticos, nem financeiros , nem técnicos , nem científicos para salvar a Mata Nacional. Um estado socrático fez esta operação , entregando a uma fundação dum pequeno município aquilo que ao Estado  pertence e o município, politicamente bronco e paroquiano, aceita os custos e as responsabilidades. Paga o cidadão municipal o património nacional. Espertos e oportunistas !!! Quando virem o Buçaco arder, esfregam as mãos de contentes com a sua incompetência ! E nada lhes acontece neste país às avessas.

 

 

 

04
Set21

É PRECISO TER LATA !!!!!


Peter

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Um Buçaco exemplar, a herança do independente externo mais o quadro de josefa de Óbidos queimado  por inépcia, sem seguros, sem proteção contra incêndios...

AUTARQUIAS  2021

É PRECISO TER LATA!

É com espanto quando surgem numa lista de candidatos independentes às eleições autárquicas para a Camara  da Mealhada, pessoas cujo curriculum local ultrapassa o descaramento e o á vontade para se recandidatarem, e eu cito:

O primeiro candidato foi administrador da Fundação da Mata Nacional do Bussaco, sem concursos, por escolha politica, mas já mudou de partido.Entretanto foi ressarcido com cinco mil euros mês para ajudar a destruir o bem, como se pode verificar hoje numa visita ao local ou nesta foto. Ao mesmo tempo, deixou arder um quadro de Josefa de Óbidos  no Convento de Stª Cruz, mal acondicionado e sem seguro, que valeria à pior porta cem mil euros e silenciou o desastre, beneficiando da irresponsabilidade da afundação socrática que ele próprios dirigia. Como se vê, gente politicamente irrresponsavel!

Os segundos, são o então presidente e vice presidenta da mesma Câmara da Mealhada, que no processo de construção do Centro de Estágios do Luso, se esqueceram de enviar o processo à CCRC, em Coimbra, a entidade gestora do financiamento, fazendo perder á tesouraria municipal e consequentemente ao município, setecentos e cinquenta mil euros, numa obra de um milhão e duzentos mil, que era comparticipada pela sociedade do Euro 2007/8.  Quem  assumiu a divida foi o orçamento camarário, ou dos  municipes.   Calaram-se, esconderam o caso ao executivo, e continuam "descaradamente"  a concorrer.

É PRECISO TER LATA, é a expressão que eu acho mais adequada para classificar a competência política e moral desta gente, cuja falta se carater e personalidade politica deixam muito a desejar e são  impróprias para gerir a coisa pública.

Um outro candidato , que já faz parte do mobiliário da câmara, o homem do maqueirismo, luta pela cadeira salazarista para cair dela abaixo , unica maneira de se reformar. Politicamente, se quando  chegou ao municipio atraz da música, como se diz no Luso, fez qualquer coisa, depois, aqueceu o lugar e não fez mais nada. No Luso, especializou-se em retretes e está para inaugurar um estacionamento sem saída e que retira aos turistas  o acesso ao centro do Luso. A destruição da economia do turismo parece continuar. Mas a sua obra de arte da ridicularia no setor , passou pela sua tentativa de fecho do Palace Hotel do Bussaco, que a proteçáo civil de Aveiro resolveu mudando o censor avariado. Como se vê, um concelho amarfanhado e atrazado, vai  continuar na mesma via!!! Os donos não largam o tacho  politiqueiro , não conhecem o exame de consciência !!!!

Na política não vale tudo!

 

21
Ago21

UM BUÇACO EM RISCO


Peter

DSC_0274[1].JPGNeste blog tenho repetido teimosamente o mau estado em que se encontra a Mata Nacional do Buçaco, bem como a incapacidade demonstrada pela Câmara da Mealhada pela sua gestão e financiamento ,através da Fundação da Mata do Buçaco, um rebuçaco socrático que ultrapassou a legislação pela via partidária irresponsável.Não cabe a uma câmara gastar ou desviar o dinheiro do orçamento dos munícipes para gastar em património alheio, visto que a Mata Nacional é do Estado e não do pequeno órgão municipal onde por acaso se situa.E não cabe ao Estado entregar a responsabilidade financeira daquilo que lhe pertence, ou a todos nós, portugueses, um patromónio nacional, vendo-se livre dele.

DSC_0275[1].JPGMas a municipalidade, edis oriundos da gestão de ranchos, futebóis, festas e romarias, sem desprimor mas é pouco,  possuem na mente a tola ambição de passar o sapato além da chinela e não tendo bom senso nem perfeita noção do mundo em que vivem e do sentido de Estado, gostam de “armar” é o termo, em mais papistas que o papa, acabando por prejudicar o território que julgam apadrinhar, com asneiras. A Câmara em causa é  um exemplo, ou seja, em vez de apoiar e ajudar na recuperação da Mata Nacional em degradação, acaba por destruir, por falta de  total conhecimento na área  de florestas , botânica e turismo, os excelentes recursos e potencialidades que a freguesia do Luso/Buçaco, possui, dando a ideia que destruir é o objectivo principal  da autarquia mãe.

DSC_0277[1].JPGEu aconselho o leitor interessado que da zona da Fonte Fria, um ex-libris da Mata Nacional, suba ao Convento de Stª Cruz e ao Palace Hote, e que do Lago da mesma Fonte Fria, desça pelo Vale dos Fetos. Junto algumas que fotografias da realidade, que, no entanto, não espelham completamente a situação, de facto muito pior do que as vistas mostram.

DSC_0290[1].JPGA Câmara e os edis eleitos deviam retratar-se , ter vergonha do miserável serviço que estão a prestar ao concelho, á freguesia, ao turismo, á hotelaria e dum modo geral á economia local. Entregue a quem nada percebe do assunto, a começar pelo executivo, registo a ação para empregar a família na fundação, e organizar festas e romarias e plantações num permanente pisoteio do húmido coberto que já foi a solo mãe da flora local, agora  seco, largas clareiras e falta de limpeza. No trajecto que aconselhamos atrás, a Mata é uma selva e pior que uma selva, é uma selva sêca, completamente cheia de material lenhoso por todo o lado, neste caso desde o sopé da serra ao ponto mais alto, a Cruz Alta, em grave risco de incêndio se um casual acidente acontecer no perímetro em dia de ventos variados e

DSC_0279[1].JPGincontroláveis. Este é um perigo real, que os responsáveis, face á sujidade que permanece no bosque, parecem ignorar e muito menos ter em conta. Não só o deixar arder este valioso património comum é um crime grave, como a falta de prevenção, de limpeza, arranjos e retirada da sujidade e materiais perigosos, desenha idêntico crime. Crime que pende sobretudo pelos edis responsáveis, a presidência do executivo camarário.Deixo fotos feitas esta semana de altas temperaturas. São algumas, entre muitas imagens elucidativas , acerca do que a autarquia câmara da Mealhada, vem fazendo pelo progresso e desenvolvimento do turismo , hotelaria , floresta , e empregos na freguesia do Luso/Bussaco.

DSC_0342[1].JPGÉ a negação do que  muitos municipios têm realizado no país em prol do seu desenvolvimento.Aqui é nitido o desinteresse, a incompetência , a incapacidade e diria mesmo a intencionalidade da gestão municipal , para acompanhar os dias atuais na procura de soluções para os muitos problemas do concelho. Não existe diálogo, não existe informação, não existem contactos com os tecidos econonómicos que atuam no território, não existem ideias, nem projectos , nem estratégias  no sentido de arrancar seja o que for  das potencialidades dum municipio que parece  politicamente morto, fechado sobre  a demagogia dum partido há tempo demais no poder, sem obra que o justifique, politicamente empenhado com alguns donos  e senhores da sede concelhia, e nada mais.

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Há uma linha  clara dessa tomada dum poder apodrecido, inoperante, de mentalidades pequeninas, sempre as mesmas figuras e do Luso/Buçaco, ninguém quando, em face das suas potencialidades,  deveria ser a primeira freguesia a possuir um eleito dedicado á area do turismo , já que é a  única que o tem.  As habilidades da partidarite saloia  do concelho, e de algumas  oportunistas  cabeças, tem  devotado o municipio ao rame rame rotineiro, fechado , atrasado no tempo e nas funções,  à comodidade de gabinete, à burocracia, ao compadrio , amiguismo,  falta de transparência , a autocracia dum sobismo acabado.

21
Abr21

PAU PARA TODA A COLHER


Peter

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  O ESTRANHO ABORTO  AFUNDATIVO

                                  UM PAU PARA TODA A COLHER

Por recente noticia  soubemos que a Destilaria da EX Junta Nacional do Vinho( falecida) foi entregue á Fundação Bussaco pela edilidade mealhadense , por ordem expressa do  edil presidente. Perante duvidas da oposição, afirmou em assembleia estar-se marinbando para a vox populi  ,  que são entre eleitores o eu também. Para lá da pouca educação e anti-democracia no areopago municipal,  o senhor edil, que veio das berças de Valongo para a serra do Bussaco, nada percebe da Mata  Nacional, pois a leva em continua destruição desde que tomou posse nesta terra. A  vox populi alçou-o ao poleiro da politica  onde se agarrou com unhas e dentes, por mor  de alguns atos menos claros, como foi o de Isabel, que não a rainha santa, mas outra, que numa noite perdeu as eleições por artes do diabo consumadas. Deduz-se que a dita Afundação é pau para toda a colher. Há poucos meses  deu consultadoria á mulher por  dois mil e quinhentos euros mensais, antes aboletou em recibos verdes o assessor que nunca sendo empregado, aboletou em chefe de divisão, no verão passado ensaiou o fecho do Palace Hotel do Bussaco (?), recentemente entregou a administração da afundação ao seu vice presidente autárquico, que parece, colaborou no xiqueiro politico partidário  do concelho. Quando for escolhido o novo presidente já escolhido, hão-de acarretar para votos em viaturas próprias, os militantes, que  apenas por curiosidade, nunca mais foram ouvidos depois do voto  derradeiro, nas ultimas autárquicas.Neste jogo democrático de mentes obtusas que esta demo-cracia proporciona, há compras extraordináriamente incompreensiveis, inclusive a amigos, que é dita em calinadas pontuais, perante um acervo de redes interessadas  num Portugal vazio , quanto mais esvaziado mais propício.

Aqui fica o aconchego á Fundação Bussaco, uma Mata Afundada pelas administrações  publico-privadas, com curiosos escolhidos a dedo, mas privadas de todo, com rendimentos médios triplicados em relação aos velhos e profissionais engenheiros florestais, que administavam pelo Ministério da Agricultura com processos cientificos, os 105 hectares de todo o termo . Podia-se ver e visitar no brinco da sua qualidade sem pagar um tostão, um património publico. Hoje, pagando em euros a entrada, basta sair de dois ou três cenários preparados,  para encontrar a lastima e ruina de todo o parque botânico O mesmo cumprimento que os edis deram às termas, minguando-as, sofre a Mata Nacional do Bussaco nas mãos dum diminuto municipio de curiosos obreiros da desgraça. Livres de responsabilidades , imunes ás asneiras, esquecidos pelo dono, o Estado Português. Fundações programadas para receber clientes que vindos das unhas da politica desde o berço, nada sabem fazer. Faz-se-lhes então a cama, normalmente com penas de pavão ! 

06
Fev21

COMPRADES NO BUÇACO


Peter

DSC_3835.JPGNo dia 3  de Fevereiro corrente, foi levantada  na Assembleia da Republica a questão da nomeação  do vice-presidente  da  Câmara da Mealhada para presidente interino da Fundação da Mata Nacional do Bussaco, nomeação feita pelo presidente da Câmara. Em palavras simples, o Presidente da Câmara nomeou o seu vice-presidente, presidente. Apesar da presidência da Fundação ser em regime voluntário,  colocam-se questões de legitimidade, de compatibilidade , de legalidade  e mesmo de seriedade, que levantam muitas dúvidas perante o cidadão, porque o nomeado , Guilherme José Duarte, está a tempo inteiro na autarquia. Na ausência do Presidente da Câmara, este é substituído pelo seu Vice-Presidente, agora simultaneamente presidente da Fundação, o que lhe  dá o estatuto ou condição  de gestor e escrutinador de si próprio. Longe de qualquer juizo sobre o cidadão nomeado, não parece correta a situação , quando se está a dar um poder a um sujeito, seja ele qual for, dando-lhe ao mesmo tempo o poder de legitimar ele próprio , eventuais asneiras que faça. É lamentavel que o Bussaco  seja utilizado para estas traficâncias políticas, numa linha que vem sendo seguida pelo partido que tem o poder no municipio. Porque o mesmo cidadão não tem qualificação para gestor de florestas, presume-se que a confiança política está na base da nomeação , mais um pontapé da autarquia na freguesia do Luso e no seu património, que há algum tempo  vem sendo  politicamente abandonado, e destruído. A Mata Nacional continua a vergonha autárquica mais grave e inconsciente por que tem passado o território. O lugar  de admnistrador ou  de presidente, como é do dominio publico, foi e é objecto de  influências, de cunhas, de compadrio, de pedidos a que as politicas levadas a efeito e os fracos eleitos proporcionam a alguns. Haja alguma dignidade por parte dos orgãos estatais  para acabar com estas brincadeiras de mau gosto, pondo no lugar que é devido a Mata Nacional do Bussaco, monumento nacional, dotando-a duma administração honesta, especializada, profissional. Brincar com um património comum é um crime contra todos os portugueses.

 

20
Ago20

BUÇACO EM MAUS LENÇÓIS


Peter

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UM MONUMENTO NACIONAL

NÃO PODE SER GERIDO POR UMA AUTARQUIA.

Ora até que enfim um sujeito que há seis anos tem mandado na Mata Nacional do Buçaco, reconhece que um património nacional não pode ser gerido por uma autarquia. Embora por meias palavras e com o secretismo habitual, sugere que algo vai ser mudado enquanto diz que sai este mês da presidência, para depois afirmar que em Novembro continua os trabalhos, não deixando perceber se neste baralho de cartas sai ou fica. O trunfo éstá na falta de transparência do costume. É estranho, quanto ao fim da comissão de serviço que aceitou há seis anos, por escolha a dedo dum presidente de Câmara , venha dizer publicamente que  um monumento do Estado não pode ser gerido por uma autarquia, quando no inicio aceitou o cargo em silêncio , nada comentou sobre o assunto, nem sobre a capacidade autárquica para o poder fazer. Depois, passou seis anos calado sobre a questão e só na despedida, se vai haver despedida, é que verificou essa falta de poder e meios. Por que razões o fez agora e não antes, não sabemos, mas que  deixa dúvidas no espirito do cidadão, deixa.

Até porque, andando de calça curta na Mata desde que seu avô foi gestor na Administração Florestal do Buçaco, deveria ter aprendido como era bem administrado  nesse tempo remoto e como é tão mal  nos tempos que hoje correm. Desde 1836, quando foi incorporado nas Matas do Reino e depois nas Matas da Republica em 1910, ambos  momentos liberais desta nação, até ao momento em que um senhor Sócrates o entregou a uma autarquia socialista, apadrinhando o ato, a Mata Nacional nunca passou por degradação igual á de hoje. Trata-se da única fundação publica a quem o Estado não dá um tostão, obrigando os pobres munícipes a pagar do seu orçamento, a gestão dum património que não lhes pertence, entregue á curiosidade de amadores da coisa pública, sem vínculos, nem saber para gerir o bem comum e imunes a qualquer responsabilização. Isto porque uma autarquia sem bom senso, aceitou  esta solução de substituir  o  Estado  quando no entender dum bom gestor deveria  processar o Estado por lhe retirar os meios  necessários para o poder fazer. A destruição começou aí, e veja-se  desde logo a incapacidade da fundação para gerir o espaço no triste desastre do quadro de Joséfa de Óbidos , avaliado em cerca de 100 mil euros, que deixaram arder na igreja do Convento. Ninguém foi culpado, ninguém foi incomodado, o caso foi abafado como se nada tivesse acontecido. Estas barbaridades, exigem apuramento e juízes, pois ninguém ali estava , nem está, a trabalhar por amor à arte. Com estes privados de algibeira, foi o que aconteceu. Imunes até aos presente.

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Não é difícil perceber o estado miserável em que o gestor, agora de abalada, deixa os 105 hectares da Mata Nacional, ao serviço duma autarquia de irresponsáveis políticos que, ultrapassando o tamanho da chinela, se disponibilizaram para gerir um património alheio, com o dinheiro dos outros, dos munícipes. Um assunto que, como no caso recente dum não precário nos serviços da mesma Câmara, deveria ser também investigado, em termos de legalidade, pela Procuradoria-Geral da Republica. Quanto ao Buçaco, abstraindo a estrada que leva à Fonte Fria, ao Convento, ao Palace Hotel, que está fechado, (?) às Portas de Coimbra e à caiação paga pela CEE das capelas da Via sacra, todo o resto está numa ruína como jamais esteve desde que os frades carmelitas destilaram os males da inquisição nas árvores do novo mundo, plantando-as ali. Basta sair dos principais caminhos e do eixo principal que é a estrada, para observar o estado de abandono a que a incapacidade do organismo e da fada madrinha, a autarquia, levou o património. Julgo que o gestor, por muito boa vontade que tivesse, não poderia fazer nada por falta de meios, mas perde as suas razões quando reconhece tardiamente, no fim da comissão de serviço, a incapacidade duma Câmara pequena e inconsciente, para gerir o património nacional. O entusiasmo com que abraçou o desafio, foi bem diferente no fim.  No quinzenário local, onde relata hoje as suas mágoas, escrevi muitas vezes o que repito aqui, a Câmara da Mealhada quer ser dona de tudo, mas na realidade só tem ajudado a destruir o seu próprio património e o que não é seu, o caso do Buçaco, das termas de Luso, da Escola Profissional, da Cooperativa Agrícola, da Adega Cooperativa, dos cafés que não consegue gerir na cidade, resumindo, as grandes obras afinal, resumem-se á compra de sucata imobiliária, incluído o cinema do Luso que tem direito a cair como as fábricas da Pampilhosa, o fim do nó ferroviário, a morte, antes de nascer, do famoso campo de golfe ou a barragem do Buçaco, agora no arquivo bolorento de uma gaveta esquecida no sótão  municípal.

carrada.jpgOutro caso fedorento, passa pela Quinta do Murtal, comprada ou a comprar, parece segredo, por dois milhões e quinhentos mil euros para fazer um museu não se sabe de quê, e criar dois postos de trabalho, o do porteiro, se existir, e o da funcionária amiga. A vilória que passou a cidade subiu à cabeça dos eleitos e espichou-lhes o umbigo duma forma contundente. Doença que chegou para ficar. Um absurdo intencional. Mas os dois novos e grandes mercados, a três quilómetros um do outro, num tempo em que as grandes superfícies dos privados se substituíram aos mercados públicos, são outro paradoxal testemunho da mesma gestão pouco inteligente e afastada da realidade e do interesse da população. Esta é a mesma imbecilidade política  de quem não sabe o que fazer em prol dos seus municipes.

Pois que o gestor buçaquino se vá embora, é uma boa ideia, seja tranquila a reforma, mas ir-se embora levando atrás de si o peso do estado lastimoso da Mata Nacional, não o abona em nada,  nem no país, nem do delírio de levar uma Mata Nacional a Património da Unesco, no estado em que se encontra. Depois da obra que deixa, é ridículo pretender chegar ao património do mundo apesar das justificações que são as tempestades, os ciclones, as trovoadas, os furacões ou até as monções, os culpados do desleixo. Ou enxurradas da serra que sempre existiram e sempre existirão. De facto, sabe tão bem como os habitantes da freguesia do Luso, a quem teve a amabilidade de fechar pela primeira vez em 180 anos a entrada na Mata com o seu carro ou carroça, que a serra foi e é devastada ciclicamente por elementos naturais, e sabe que na mão do Reino, como na da Republica, a do seu avô, sempre recuperou em muito pouco tempo. Na sua mão por conta da autarquia mealhadense, é o que se vê, uma saga começada sem ter um fim á vista, pelo contrário, num agravamento constante. E eu próprio, como outros, munícipe do concelho, sinto-me lesado ao ter que pagar com os meus impostos e taxas, a destruição que, por incapacidade, tem provocado no Buçaco, incluindo as remunerações dos serviços que prestam. Pondo-me em lugar idêntico, teria vergonha e declarado a falência antes do toque final.

carrada 1.jpgNão conheço a pessoa e enquanto tal não tenho nada a dizer, porém, como suposto especialista e responsável pela recuperação do Buçaco, foi um falhanço total. Perdeu a oportunidade de lançar o seu grito de revolta, ou sensatez, durante os seis anos em que rebocou a evidência, evitando o fim para proclamar a sua opinião ,saindo limpo do fosso.  Como o capitão de navio que vê o barco ir ao fundo e não pede ajuda a ninguém antes do afundamento, foi o que fez antes de bater a porta. Se a falta de transparência habitual, não  trocar o raciocinio. Coisa natural no meio.

Recordemos que o Buçaco é um património de todos, não da Câmara da Mealhada, em primeiro lugar é da freguesia do Luso , e trata-se dum património nacional, único num concelho  pobre de valores, onde o que existe  e se regista na história, na cultura, no campo militar, religioso e turístico, salvaguardando que os turistas não são o bando de semeadores que invadem a mata para plantar árvores nem os festeiros e caminhantes que a palmilham sem regras e nem um café bebem, quanto mais chamar-lhes turistas, esse património liquido , digamos, existe na freguesia do Luso, a única também com o poder de atrair os visitantes . O Buçaco é um parque, um templo botânico para ser respeitado e visitado por quem ama a natureza, o silêncio, a serenidade, a beleza e a vida vegetal que ali se perpetua. Trata-se dum património regional, nacional e europeu, dizimado pela inconsistência do clima, mas muito mais pela inconsciência do homem, no obscurantismo das suas limitações, perspectivas e banalidades.

A terminar, comungo as preocupações que tem com a vinda do presidente do ICNF, Instituto de Conservação da Natureza, semanalmente ao Buçaco. De facto é uma grande maçada e um grande problema, porém naturalmente que o povo unido não lhe fica a dever as ajudas de custo nem as deslocações que o senhor presidente faz. Mesmo com reformas de ´200 e 300 euros mensais, não fica a dever nada a ninguém...Já agora a propósito, será que a fundação Bussaco tem algum acordo de empregos com os familiares dos presidentes da autarquia??

 

 

22
Jun20

BUÇACO A BATER NO FUNDO


Peter

SEM FUNDO, SEM FUNDOS,SEM GOVERNO...

rolos.jpg

Carregamentos de madeira são retirados da Mata  Nacional...

Finalmente um partido político chama a atenção para o desastre que é a Mata Nacional do Bussaco, um Património Nacional nas mãos do município da Mealhada e gerido por uma fundação municipal de inspiração socratica, a única que não recebe dinheiro do Estado e é subsidiada pelos dinheiros camarários ,  dinheiros dos municipes gasto num bem que não lhes pertence. Paradoxalmente, a dita Câmara, ofereceu-se para tomar em suas mãos o financiamento e hoje, descapitalizada, nem dinheiro tem para manter a funcionar a escola  profissional que fundou através do orçamento municipal , vendendo-a a uma organização privada que nada tem a ver com o território, mas sim com o negócio deste tipo de escolas.

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Caminhos deslumbrantes e estradas que destroem o acervo...

Quanto á Mata Nacional do Buçaco, poderemos verificar que  sucessivos presidentes da autarquia  tiveram familiares ali a trabalhar como funcionários e hoje a  esposa do presidente em exercício é consultora da fundação com um contrato de dois mil e meio euros mensais, sem haver conhecimento de qualquer concurso para o efeito.  Enquanto isso, a fundação, que existe desde  2009/10, tem a sua obra bem visivel no terreno, a Mata, do jardim botânico de excepcional valor  que era, traduz-se hoje num desastre total , uma vergonhosa demonstração do que faz o Estado que temos para  conservar o património pátrio. 

 

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Um Vale dos Fetos em vias de extinção, perante a apatia do proprietário, o Governo. Velha fotografia.

Gestores pagos a preço de ouro, detruiram o templo botânico e ambiental e justificam a sua incompetência com tempestades, ventos, furacões e outras catrástofes naturais. O parque, ao longo do quase meio milénio da sua existência passou por muitos fenómenos naturais, ciclones , enxurradas e devastações levadas a efeito por gente insconsciente em fases de abandono, mas sempre teve alguém que lhe recuperou as artérias  e o fez tornar á vida.

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Ermida de S.Miguel, recuperada há poucos anos pelos monumentos nacionais por 30 mil contos, hoje destruida no seu interior e rodeada de acácias, mato, silvados e de acessos precários...

Os Frades , o Reino, o Estado  através do Ministério da Agricultura. Hoje, pode dizer-se que a calamidade da fundação foi o pior fenómeno que lhe caiu sobre o corpo , curiosamente pago pelo erário publico  municipal. Fundação, autarquia da Mealhada e Universidade de Aveiro que mandou para aqui os seus alunos brincar, podem vangloriar-se da  obra que fizeram ! A Mata está desbaratada , arruinada, destruida, como diz o Bloco de Esquerda na sua intervenção sobre o assunto. Essa é a realidade á vista . A politica levada a cabo  tem sido suja, opaca, arrasadora e para lá do desbaste  continuo do conteudo arboreo , acompanhado da invasão de acácias e silvas, vai-se o polo turistico do Luso-Bussaco que foi durante décadas a sala de visitas do municipio , através das suas termas e da serra, um lugar cheio de história que o municipio local se apressa a riscar do mapa.

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Cúpula do Hotel Palacio do Buçaco, um 5 estrelas mandado fechar pelo presidente da autarquia...(sem o conseguir)

Quizeram engravatar o que já era engravatado e a gravata deu lugar aos farrapos que restam dum lugar bonito e aprazivel. Não é por esta via municipal ou fundação partidária ,cega, esburacada e incompetente que se chega a um destino feliz. Muito menos a património da humanidade , como ridiculamente pretendem. Disso, já esteve muito mais perto ! Como diria Herculano, faltam adultos nesta  competição e profissionalismo nesta tomada do poder! Juntemos a isto o ezvaziamento da parte termal do Luso, um polo económico valioso no mapa turistico do centro de Portugal, esvaziamento levado a cabo por estrangeiros  apoiados politicamente por uma câmara municipal de maus amadores ,a da Mealhada,  e  um Estado desinteressado pelo seu próprio património e o descalabro instalou-se como a pandemia do virus.

Assistimos finalmente a uma interpelação ao Governo sobre o estado do património comum, a Mata Nacional do Buçaco, um partido, o Bloco de Esquerda, que  teve a coragem de levantar a questão.

 

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