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______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

03
Abr19

BURRICADA


Peter

Burricada 1906 estu..jpg

E sta fotografia data de 1906, tem 113 anos de existência e representa uma

burricada ao Buçaco levada a efeito por estudantes da Universidade de Coimbra

a convite do Conde do Ameal, tendo feito as refeições em sua casa.

O palace Hotel estava na fase final da construção.

09
Mar19

ALEXANDRE ALMEIDA E O BUÇACO


Peter

bus1.jpg

Alexandre Almeida nasceu na Lameira de S. Pedro, Luso, em 1885, filho de Isidoro José Ferreira e de Maria da Conceição de Almeida. A família possuía nas Termas a “Casa Aliança” desde 1875, um estabelecimento comercial destinado a servir aquistas e nativos com uma larga variedade de produtos. Na sua juventude assistiu á construção do Palace do Buçaco e já adolescente ao inicio da actividade hoteleira pelas mãos pela mãos de Paul Bergamin um suíço que explorava o Hotel da  Mata e a albergaria “Chalet Suisse” e o restaurante da estação da Pampilhosa, onde atendia turistas e termalistas que se encaminhavam para o Luso-Bussaco.

Quando tomou conta da Casa Aliança a estância termal e a Mata estavam na moda e o seu caminho passou pela modernização do negócio aberto a  nacionais e estrangeiros. Instala no local a primeira máquina de café da região, a qual possuía um apito accionado por vapor de água avisando os cliente da frescura do café. Cria a secção “Suiça no Luso” onde vende artesanato helvético com legendas locais, como “Souvenir do Luso”, “Souvenir do Bussaco”importando o material directamente para a estação de Pampilhosa. É o primeiro cidadão do distrito de Aveiro a comprar um motociclo, indicio dum interesse posterior por veículos motorizados.

A sua vida na hotelaria, segundo a história da família, começa por um convite de Bergamin em 1916 para se juntar a ele e fazerem uma gestão comum do Hotel do Bussaco. Mas Alexandre tinha da industria do turismo uma visão avançada e via potencialidades para ir  em frente num caminho criativo e de desenvolvimento enquanto Begamin, desactualizado, optava por uma gestão caseira ou de merceeiro, gestão de gaveta aberta sem despesas nem receitas. Esta gestão doméstica levou o suíço a queimar no forno da cozinha a “livralhada” das contas o que levou Alexandre a virar as costas ao acordo. Em 1917, incapaz de segurar o barco, Bergamin reconhece a sua incapacidade e entrega a gestão da casa ao ex-sócio que lhe dá o nome de Palace Hotel do Bussaco por escritura de 20 de Março de 1920.

Acto importante na área do novo empresário e igualmente na história da hotelaria em Portugal, pois o Hotel começa por figurar como o melhor do país, e dos melhores da Europa e do mundo.

O sonho de Alexandre Almeida concretiza-se. O castelo e paço capaz de receber com luxo uma clientela exigente capaz de pagar um produto de alta qualidade abre-se pela primeira vez num país que o não tinha e que o exemplo do Bussaco veio abrir e ensinar a Cascais, Estoril, Sintra e poucos mais locais de então. Um hotel de charme que tem funcionado ininterruptamente nas mãos de um dos primeiros empresários  do sector em Portugal.

Foi esta unidade, única do país, que o sábio presidente da câmara deste município procurou e procura destruir. Melhor seria ir destruir a terra dele.

 

 

                                                                                                                  

 

19
Abr18

A RUINA DO BUÇACO


Peter

DSC_0797.JPG

 Mau grado o Luso ter umas Termas e uma Mata Nacional , afinal as mais valias do território concelhio, não tem nenhum vereador na mesa do executivo camarário , uma mesa imposta, não escolhida , mas que mereceu o apoio de quase metade da população deste município naquilo a que  se chama  urnas. Podemos afirmar que os donos do partido vencedor escolheram bem, feitas as contas o método de Hondt, a única contagem do processo funcionou  e abstenção e votos nulos acertaram a verdade dos números em minoria absoluta para convencional maioria.

É precisamente destas habilidades políticas  que eu gosto de falar, fugindo á pasmaceira duma democracia  prenhe de partidarite aguda , moléstia febril de ambição e de cobiça que perpetua o poder indefinidamente e não permite ao cidadão a liberdade de aceder aos lugares de gestão politica a que efectivamente teria o direito de concorrer, livremente e fora de geringonças.

De deputados amordaçados, a governos , municípios e órgãos estatais, tudo está controlado pela peste de mafias partidárias , trancadas as portas que dão acesso a esse mundo ao cidadão comum, aquele que não concorre sórdida e subserviente pela porta da seita do cartão. Uma democracia coxa e mutilada.

Dizia Winston Churchill que o sistema democrático era mau mas o melhor de todos,  mas o nosso, apesar de mau, não será com certeza o melhor de todos, estará  longe , pois a uma ditadura salazarenta sucedeu em poucos anos uma ditadura de partidos que despicam entre si , sem civismo e transparência , as cadeiras do poder. O cidadão, cuja única acção no processo de eleição se resume a votar num partido que já escolheu as pessoas, pessoas que não conhece e nunca viu,  é o braço dum robot que , manipulado por anti-democratas contumazes, apenas vai confirmar o que está de antemão decidido pelo supra-sumo dum chefe. Isto, que se iniciou em relação a deputados, desce hoje ao poder local, freguesias e municípios. Nos grandes sítios, são desconhecidos, nos pequenos são promotores do processo, meia dúzia de ocupantes estratificados em listas, rotinados na manipulação dos correligionários, apoiantes, interessados e alguns patetas ocasionais que aproveitam o ensejo  do lusitano ego para semear traficâncias. Coisas que não sendo crime são factores negativos no imbróglio de favores e contra favores  da nossa duvidosa  Demo Kracia.

Do grego, Demos (povo) e Kracia (poder, governo) , o presidente americano  Abrãao Lincoln simplificou a questão para “governo do povo, pelo povo e para o povo”, o que hoje nos faz rir , e se bem que os próprios helenos livres  se resumissem ao cidadão da polis ou cidade estado , o filosofo Sócrates, um defensor  incansável das ideias democratas, foi por ela própria condenado á morte  e executado. Era um democrata original e honesto.

Mas retomando o fio á meada inicial , o Luso, apesar de não ter ninguém no executivo municipal , vergonhosamente em quatro eleitos três são da mesma freguesia , um  até do partido inimigo, o que diz bem dos arranjismos político-partidários e  processos democratizantes dos nossos representantes locais ou das jogadas escuras que se fazem na sede do município , o Luso , dizia, teve ganas de voltar  à última Assembleia Municipal dar a sua opinião sobre o estado da ‘nação’  para ouvir em voz velada respostas  esfarrapadas livrando água do capote. No caso do Bussaco, ouviu-se que o assunto não é com ela, Câmara, porque afinal não é ela que paga  cinco mil euros mensais devidos ao gestor da fundação, nem terá sido a Câmara  a convida-lo por escolha arbitrária e pessoal. Pergunto-me se fui eu e  nós munícipes que decidimos contratar os funcionários, juntamente com a quantidade de assessores arregimentados sem concursos e pagos com o erário público.  Aos do Bussaco pagamos desde que a autarquia entendeu  subsidiar o Estado propondo-se substitui-lo nos custos da Mata Nacional , com publicação em Diário da República , retirando as verbas do bolo do munícipe. Para alguém que  não é deste município, como outros. Teremos sido nós, que não tivemos palavra?

Na cegueira da cidade, a ambição, o desprezo ,o compadrio a cobiça e a vaidade deram  lugar á irresponsabilidade das politicas erradas que perseguem e cujo resultado se vê na destruição e ruina dum património florestal valioso e na inércia e falência dum património económico social único no território., as termas, fontes e recurso de parte significativa da nossa população, que deixaram de o ser. Com o aval  e silêncio dum poder municipal  que ainda não percebeu o território e como tal o tem administrado através duma gestão anacrónica  e sem estratégias. Colocaram nas estradas municipais as estruturas da fuga da riqueza  até aos confins da cidade polaca de Cracóvia sem acordos compensatórios e a fase terminal do complexo termal passa ao lado da comodidade duns  eleitos apostados em fazer festas e festarolas enquanto o território dorme abandonado ao improviso da mesquinhez de interesses.

Quanto á Mata  Nacional, se não tivessem subtraído ao Ministério da Agricultura a sua gestão, estaria inequivocamente recuperada e a caminho da sua definitiva requalificação após o temporal que a destruir há cinco anos. Sempre assim aconteceu e já foram muitos os  vendavais , mas foi preciso a autarquia meter-se no que lhe não pertence, quer em propriedade ,quer em meios ,quer em sentido critico , para a ruina do presente acontecer.

Razão e conhecimento tem o munícipe que esteve na Assembleia, mas o que lhe fazem os eleitos é passar uma cruz por cima como inimigo público e figadal! Não é cruz de sambenito no entanto é uma cruz com as mesmas intenções , só os tempos  mudaram.

São estas  politicas erradas e anacrónicas num município cada vez mais mesquinho e paroquial que o fazem adormecer numa paz podre , mantida pelos jogos de influências e pela rotina de gente que está á tempo de mais numa zona de conforto a esgravatar em milho hibrido sem resultados á vista.

Luso, Março, 2018

04
Jul17

OS FOGOS E O BUÇACO


Peter

DSC_0659.JPG

Aqui temos uma imagem feita hoje que mostra o muro

da Mata Nacional do Buçaco na sua parte exterior, onde 

o abandono é total e as silvas e o mato são donos.

Este é o estado em que está o  património em todo o 

perimetro  da Cerca , quer seja do lado de fora , quer 

seja do lado de dentro, apenas alguns pontos onde 

circulam os visitantes estão limpos e tratados.

DSC_0645.JPG

Este estado de coisas é um perigo constante  a pairar

sobre o rico património que é a Mata Nacional que pode

arder em qualquer altura se as condições climatéricas

assim o proporcionarem.

A situação não é para brincar e qualquer pessoa pode

constatar in loco  estes factos se visitar o local.

DSC_0665.JPG

 A seguir a esta calamidade ambiental a serra está 

infestada de acácias que em alguns lados pendem 

para dentro dos muros arruinados , uma situação

demonstrativa da irresponsabilidade que por ali

grassa , uma gestão duma fundação partidária 

 incapaz de tratar e defender o espaço.

DSC_0630.JPG

 Estas fotografias contrariam um comunicado da

Câmara da Mealhada publicado ontem no Diário de 

Coimbra, onde se afirma que tudo está feito 

para proteger o concelho e nomeadamente a freguesia

do Luso onde está o Buçaco, dos incêndios.

É absolutamente falso que haja segurança porque na 

realidade, para quem queira visitar o local, o perigo,

com o calor recente é eminente.

Quanto isto por incúria arder , quem são os 

responsaveis? Ninguém, estamos a saque....

22
Fev17

DO LUSO AO BUÇACO


Peter

RSCN5113[1].JPG

Este buraco no muro é a principal entrada de peões dentro

da Mata Nacional do Buçaco  para quem vai do Luso.

Tem a duração de cinco anos e a fundação ou afundação

politica que toma conta deste património ainda não teve

dinheiro para compor esta porta. Este e muitos outros 

buracos existentes no mesmo muro que cerca o bosque

são obras da entrega dos bens do Estado a curiosos bem 

pagos pelos nossos bolsos de contribuintes...

RSCN5115[1].JPG

 Para ter uma ideia mais completa aqui está o mesmo

buraco visto pelo lado contrário, isto é, de quem desce por

um caminho abandonado pelo braço politico da Câmara da

Mealhada, a dita fundação ou talvez afundação.

RSCN5116[1].JPG

...e já agora muro e vereda na parte interior da Mata, antes da

mesma saída da Mata Nacional...o lixo faz parte do quotidiano

da paisagem, os caminhos são pedras ,raízes e buracos,

as escadas armadilhas...e ninguém imagina a gente que por

ali passa...

RSCN5112[1].JPG

Uma segunda entrada na Mata Nacional para quem vai do 

mesmo local, do Luso, é o velho Portão dos Passarinhos,

hoje mal identificado e fechado a cadeado para que os 

'selvagens' habitantes das termas do Luso não vão tirar

as árvores e a lenha que a fundação abate diariamente.

RSCN5111[1].JPG

Uma terceira porta , a Porta das Lapas, é a que vemos nesta

fotografia, em muito bom estado de conservação, sem portadas

sem vidros, sem janelas e de interior também excelente,

conforme a foto seguinte  que uma janela aberta por

esquecimento deixa  observar.

DSCN5107[1].JPG

 Como se vê qualidade indiscutivel, talvez a confirmar umas

declarações da Cãmara da Mealhada pela voz do seu 

presidente que resolveu  através duma entrevista despromover

o Luso e o Buçaco de  destino turistico . Não se sabe hoje o 

que são as termas ou a Mata nas mãos da autarquia,talvez

lixo no  entanto, segundo as contas  da mesma, entregou no

ano passado ao seu braço político, a Fundação, duzentos e

cinquenta mil euros. Como a transparência dessa politica

foi recentemente classificada em 48% de clareza, o destino

dessa verba terá ficado nos 52% de intransparência, tal

como os centavos litros de água que vão das águas do 

Luso. Não é matéria liquida se estas transferências de

dinheiros públicos  são legais, um dia se verá...

DSCN5094[1].JPG

Para terminar e porque fica perto da primeira entrada 

a partir das termas do Luso, deixo uma imagem  do teatro

avenida hoje, depois de cair sobre a plateia e alguns

antigos camarotes, mais um pedaço do telhado.

Sinceramente, não sei para que elegemos uns políticos

nesta freguesia e neste concelho que parece entrarem

e sairem calados do areopago municipal. Acho que lhes

pagamos alguma coisa para defesa da terra e discussão

dos seus problemas , mas nada!!

 

11
Nov16

ÁLCACER QUIBIR


Peter

alcacer quibir.jpg

 Há dias  felizes ! Aconteceu no Buçaco pela mão

da afundação que trouxe á mata el rei D.Sebastião,

Mulei Moluco, o sultão, e o  velho cantor Cid para

em conjunto festejarem não se sabe o quê...

A verdade é que nem no Inverno deixam descansar 

a floresta como mandam as regras da recuperação

dos espaços verdes pelo mundo fora. A sofreguidão

e a ignorância são  tantas que o Buçaco irá  acabar

como acabou o rei em Alcacer..

Parafraseando Camões a propósito do desastre :

"Enfim, acabarei a vida e verão todos que fui tão

afeiçoado á minha Pátria  que não só me contentei

de morrer nela mas com ela"

 

27
Out16

O BUÇACO


Peter

003.JPG

Por uma acidental notícia de jornal viemos a saber um dia destes que a autarquia Câmara já gastou duzentos mil euros no Buçaco, ultrapassando até ao momento em 150 mil euros os 50 mil orçamentados no início do ano. Este é o fruto do seu envolvimento na gestão da Mata Nacional , um património que não nos pertence enquanto município, mas ao Estado, mas que a cegueira política dos eleitos levou erradamente a assumir e que nos vai custar, a nós munícipes deste território, uma boa fatia do orçamento, sem qualquer resultado a prazo. Porque de facto as contas são boas e simples de fazer e tão elementares que não se encontra uma justificação racional para este erro, a não ser na história do sapateiro que quer ir além da chinela que lhe cabe no pé. Será o caso.

De facto, bem poderia a Câmara encerrar portas por duas dúzias de anos, que os 17 milhões de euros anuais em orçamentos acumulados, não seriam suficientes para recuperar e manter o património em questão, realidade que por si só invalida o leviano envolvimento do erário municipal na solução do problema. Porque se meteu nisto a autarquia? Porque assinou com o governo de Passos esta monstruosidade financeira, substituindo-se ao dono Estado e recusando mesmo todo o seu apoio e participação? Vaidade, presunção, ambição de ultrapassar os poderes que lhes são conferidos, ou um caso de patologia política para o que não existe vacina nem medicação? Não se entende.

Para já, e raciocinando o mais simples possível, os 200 mil euros atribuídos e deitados fora são provenientes do bolo que deve ser gasto no município em favor dos munícipes , mas vão servir para satisfazer as remunerações do gestor e do assessor de imprensa da fundação, este último, soubemos recentemente, foi encaixado no sistema para refrescar com esperança notícias pré fabricadas. Porque outra das realidades evidentes é que, apesar das actividades e da venda de madeiras, as clareiras não o desmentem e não se sabe com que qualidade de controle isto é feito, as receitas são insuficientes para sustentar e recuperar o enorme património existente e que está, como qualquer cidadão pode verificar, em condições precárias. Quem conheceu o templo que era a Mata Nacional alguns anos atrás e verifica a destruição que por lá grassa hoje, pode testemunhar a ruina a que se deixou chegar um bem deste país, um estado de degradação que, francamente, a minha geração nunca presenciou!

É fácil de concluir que dos duzentos mil euros oferecidos obrigatoriamente por nós, munícipes, pouco ou nada restará desta transferência para investir na recuperação do património florestal ou construído, se é que restará alguma coisa mesmo!

Necessitava a Câmara deste concelho arcar não só com a responsabilidade financeira como com a responsabilidade moral da destruição inicial e da destruição continua que se segue, para que os seus eleitos viessem a colher medalhas e galões com a satisfação das suas mais primárias loucuras? A meu ver, claro que não. A pretensão fica-nos cara, quem paga com dinheiro alheio não tem margens.

Na semana passada fui pela segunda vez á serra de Sintra para fazer comparações e a questão é que não há comparação nenhuma. Ali , sem termas ,sem leitão e sem vinho, sem essas tão famosas maravilhas,  o património está reabilitado, classificado, o turismo numa espiral de crescimento em prol da economia local que se vê a olho nú em franco progresso. Ali até se adivinha o caminho, está ensaiada a solução, há profissionalismo e empenho no processo, aqui, bem ao contrário, brinca-se. Brinca-se com o património, com os bens, com o desenvolvimento, com o futuro e sobretudo com as pessoas que aqui vivem.

Ali o património é da UNESCO, uma coisa que eu próprio já reclamava em 2004 para a Mata Nacional do Buçaco, escrevendo-o na imprensa, aqui o anúncio da triunfante entrada do património na lista de espera onde o Buçaco já está desde esse mesmo ano de 2004. Um milagre do conteúdo funcional dum assessor de imprensa que lá tem as suas razões para transformar a reinscrição numa nova inscrição. Presta talvez o serviço que lhe pedem !

O que aconteceu é que desde 2004 a Câmara não se interessou, não pretendeu, não quis iniciar sequer o processo duma candidatura a património da Unesco. Sem ambição, sem  visão e sem estratégias, preferiu a comodidade da cadeira do poder e adormeceu tranquila nas suas redes intimas de telefone e telemóvel. O que podemos esperar hoje, destruído que está aquele património que não sendo concelhio está dentro do município?

Nada, não se pode esperar nada duma rotina partidária que sucessivos anos instalaram no poder e o encheu de vícios, cegou e esvaziou-se de ideias. O poder também se cansa, o poder está cansado. Cansado de mandar em tudo como se tudo fosse seu, incluindo as pessoas e os bens. O poder e o regime dormem o sono dos beatos!

Tão cego e tão convencido que nem sequer repara em coisas pequeninas como por exemplo o facto de eu e os meus vizinhos, talvez meia centena de famílias em quinhentos habitantes comungarem diariamente do tapete de alcatrão da estrada com automóveis, motociclos, camiões para se deslocarem nas ruas das suas casas. Comungamos a velocidade das viaturas com o perigo e a fraqueza das nossas pernas e pés. A monstruosidade dos autocarros ou camiões com as paredes e muros onde aderimos como lapas para não sermos trucidados. Eleitos que têm dinheiro para fazer festas e churrascos e distribuir por futebóis e feirantes enquanto andam em simultâneo a pedir esmolas para os pobres !  Dinheiro para contratar legítimos assessores que cuidam da sua bela imagem e apaparicam as notícias como a continuação do Buçaco na tal lista da Unesco nas esperanças dos subsídios que nos dá a CEE. Como se fossem verdades, fossem coisas consumadas quando não passam de tretas ainda por definir. Foi assim que em três eleições já foram feitos outros tantos hotéis nas mini termas do Luso. Investidores de vésperas de eleições de hotéis que nunca chegamos a ver. Políticos que retiram durante dezenas de anos aos Toscanos deste país o usufruto de terrenos que lhes fazem falta para desenvolver a economia a troco de projectos que nunca põem de pé !  Políticos que dão a uma fundação sem condições nem futuro 200 mil euros anuais e não têm uns trocados para investir nas pequenas coisas dos munícipes.

Não sei se isto se chama traficância da política das ideias ou ideias políticas da traficância. Talvez sejam uma coisa e a outra ao mesmo tempo. Talvez não sejam coisa nenhuma. È o municipio da Mealhada, perante o silêncio ruidoso dos autarcas  eleitos e da oposição que não existe. 

Mas algo vai muito mal no reino da Dinamarca!!!!! Como sugeri um dia, o rei vai nu! 

 

08
Out16

BUÇACO VERSUS SINTRA


Peter

regaleira.jpg

        Sintra, o neo manuelino da Quinta da Regaleira

Visitamos Sintra , O Castelo, Monserrate,  a Quinta

da Regaleira. Esta última , em neomanuelino

serôdio como o Buçaco . O arranjo, a limpeza ,

os jardins, a floresta, primam pela qualidade ,

os meios de deslocação ,a informação disponivel,

as estruturas de apoio pela eficiência.

 A visita foi intencional e o regresso triste  

com a vergonha  e a desolação que temos

nMata Nacional do Buçaco. 

Ali, tudo recuperado, aqui, a destruição, o

abandono, a venda de lenhas e madeiras, as

silvas, o lixo,  o piso rapado que retira a

humidade á vegetação ,as clareiras que  se

continuam a abrir deixando á sorte o arvoredo .

Quem conheceu o Buçaco e o vê hoje

cada vez mais afundado na partidarite e na

incompetência á vista, pasma e pergunta como

é possível que os políticos, ou os que

arremedam o seu papel, podem destruir

impunemente um património nacional. 

Sintra é a imagem do próprio turismo, visivel

até pela quantidade de turistas que se contam

por milhões, o Buçaco, a tristeza da pacóvice

deste país de atrazados e irresponsaveis!

  

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