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______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

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09
Ago14

ERMIDA DA ASSUNÇÃO


Peter

Ermida de Nª Srª da Assunção, fundada pelo Conde de Miranda

D.Diogo Lopes de Sousa que deixou de esmola quarenta

alqueires de trigo, pagos anualmente para sustento do ermitão.

É hoje uma edificação despedida , em ruina completa,

acima da Fonte Fria. (Novo Guia Histórico do Buçaco)

 

O interior da mesma Ermida e uma pergunta :

Onde estão os milagres e a eficiência das fundações???

Para que servem?

È assim que se respeita e reconstrui o património?

 

 

08
Ago14

ALEGORIA da FLORESTA


Peter

 

 

 Para finalizar a série de poesias respeitantes aos 

jogos florais da Emissora Nacional de 1949,realizados

no Buçaco, aqui fica  um poema  cujo tema era 

alusivo ao próprio local onde foram realizados .

Este trabalho recebeu o segundoprémio do concurso.

 

ALEGORIA DA FLORESTA SAGRADA

 

Eis-vos ainda,ó águas da corrente

Que banhava as raízes de Evilath...

Como se a Fonte viesse, eternamente

Do Fison,à planície de Evilath.

 

São ainda estes cedros os primeiros

Que deram sombra aos olhos da Mãe Eva...

E são ainda os troncos verdadeiros

Das primitivas árvores da treva.

 

Terra virgem de lágrimas doridas

Que os ohlos inocentes não choraram...

Ò folhas da floresta sacudidas

Pelo vento das ondas que pararam!

 

Ó àrvores da noite que morreu

Na distância do mar que o luar banha,

Dizei-me,em qual de vós deixou Orfeu

A lira de oiro, aos ventos da montanha?

 

Da Serra, aos longos vagos da planície,

A música de Orfeu é onda e cor...

E lá onde a distância for maior,

Mais longe abrange a sombra de Euridice.

 

Já no silêncio acorda a voz de Pan

O seu grito satânico de origem.

E da Cruz Alta aos raios da manhã

doiram toda a floresta de luz virem.

 

Portas do Céu,Portas do Sol, abri-vos!

Soltai Ninfas, Centauros e Naíades,

E deixai-nos cantar novas saudades

E o puro amor dos mortos e dos vivos.

 

Venham também, entre clarins e guerra,

Lusitanos espectros, e galopes

De cavalos galgando o Céu e a Serra.

Montados por fantasmas de Ciclopes.

 

Cale-se ao longe a velha voz do oceano!

Erga-se, à luz , o sangue das batalhas,

Que vai passar o peito lusitano,

Constelado de sóis e de medalhas!

 

E tu,montanha;e vós, deuses pagãos

Da Floresta Sagrada; e vós,ó naves

De penumbra,onde acordam cantos de aves,

Ajoelhai o silêncio!...erguei as mãos!!!!

                                (Duna de Castro)

 

     

 

 

 

04
Ago14

QUADRAS SOLTAS


Peter

 

 Ainda nos Jogos Florais da Emissora Nacional em 1949

realizados no Buçaco, os prémioa atribuidos na secção

de quadras populares, foram os seguintes:

 

Primeiro prémio:

 

Não há nenhuma verdade

(Vá lá saber-se porquê)

Que chegue a valer metade

Da mentira em que se crê    

                                (Ceguinha e Amor)

 

Segundo prémio:

 

Às vezes é tão lembrado

Um mal que nos faz viver,

Que a gente,olhando o passado,

Tem saudades de sofrer.

                               (Flor Silvestre)

 

Terceiro prémio :

 

Se tu não és ciumenta,

Não sei porque te amofinas

Se as meninas dos meus olhos

Fitam as outras meninas.

                               (Emeele) 

 

Quarto prémio:

 

De tudo o que a vida ensina,

O que mais custa a aprender

É esta coisa tão simples

Que se chama-envelhecer!

                             (Simplório)

 

03
Ago14

TRÊS PRENDAS


Peter

 

Continuando a saga dos Jogos Florais da

ex Emissora Nacional e relativos ao ano de 1949,

realizados no Buçaco , aqui se transcreve o segundo

prémio em Poesia Lirica:

 

CANÇÃO DAS TRÊS PRENDAS DE AMOR

 

Levava uma flor na boca.

Dei-te a flor. E tu me deste

Três lindas prendas em troca.

Uma gravata bordada.

Uma navalha. E uma fina

Pena de ponta doirada.

 

A gravata para pôr 

Ajustadinha ao peitilho

Com meu colete melhor,

O dos ramos de cereja,

De aos domingos ver a Deus

E a ti à porta da igreja.

 

A navalha (uma navalha

Com o cabo de marfim

E o fio sem uma falha),

Para envasar em nogueira

O bojo dum cavaquinho

E tocar a tarde inteira.

 

E a pena para mandar-te

Recados,cartas de amor

E versos da minha arte,

Quando,subindo a montanha,

Eu ficasse aos quinze dias

Lá para as raias de Espanha.

 

Por uma flor que eu te dera

(Qual se ao teu corpo arrancara,

Minha linda primavera!)

Por uma florinha agreste,

Só rica na cor vermelha,

Três ricas prendas me deste.

 

Prendas que eu não mereci

(Eu, tão matreiro e ladrão)

Mas que por virem de ti

Gostei bem de agradecer,

(Que, em simples amor, o dar

É ainda receber)

 

Mas a flor cedo murchou.

Veio o vento que a desfez.

E veio o sol que a secou.

Da gravata a cor sumiu-se.

A navalha enferrujou-se.

E a pena de oiro partiu-se.

 

Nunca mais hei-de passar

À roda do teu pescoço

(Branco de leite e luar!)

Os meus dedos, como laços,

Tendo por nó corredio

A gravata dos meus braços.

 

Nunca mais beijos ardentes

Hão-de cortar os meus beiços

Com o fio dos meus dentes.

(Já não são coisas que valha

Para sim os cinco estalos

Da folha desta navalha...)

 

Mas a pena que me deste,

Essa molhei-a no sangue

Deste amor simples e agreste

Que te colheu flor na haste,

Te soube a fartos de mel

Mas de que ao fim te fartaste;

 

Essa molhei-a no sangue

Do meu peito em carne viva

(Que de mim ai! de quem mangue!)

E,em traço firme e direito,

Deixei escrito o meu nome

Para sempre no teu peito.

 

  Pseudónimo : CIGANO

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