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______BUÇACO______

TEXTOS ,SUBSÍDIOS, APOIO

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11
Mai08

TERMAS


Peter

 

 

                                           

 

                 

    

 .

 

                                                                           

 .

 TERMAS DO LUSO

 

Das bucólicas tardes de verão que fizeram no principio do século o romantismo das termas resta a saudade, mas as nascentes, ainda que direccionadas para outras áreas do turismo e do lazer em simultâneo com algumas funções curativas que lhes restam, continuam a fazer brotar das entranhas, águas diversas, preparadas no laboratório natural dos aquíferos para beber ou para banhos, consoante as virtudes curativas de cada uma delas.

 Falar das Termas do Luso, da sua história e da evolução das suas águas, é remontar ao longínquo ano de 1726 e aí, dum aquilégio medicinal da autoria do Dr. Francisco da Fonseca Henriques retirar a primeira notícia conhecida da existência de hum olho de agoa quente, a que chamam o Banho, localizado no lugar de Luso. Quarenta e nove anos depois, em 1775, é o médico José António de Morais, da Lameira de S. Pedro, que redescobre as virtudes terapêuticas da água, curando duma moléstia, diz a história, a Rainha D. Maria I. Já as virtudes da água tinham curado a plebe na pessoa duma tal Ana de Anadia, sarada pelo milagre dos banhos duns tubérculos existentes na pele.

 Em 1838, a Câmara Municipal da Mealhada mandou edificar ao redor da nascente uma casa de alvenaria e em 1850, Costa Simões pressionou o Governo Civil de Coimbra que aprovou a primeira planta do edifício dos Banhos do Luso, com o qual a Câmara da Mealhada pediu autorização à Corte para contrair um empréstimo de mil reis para executar a obra. Na altura, visitou a Mata do Buçaco a Rainha D. Maria II que duou 100$000 reis para as novas instalações

 Nestas linhas simples e rectilíneas duma história breve, se encadeiam mil e outras história onde o factor humano tem um papel preponderante, onde se misturam drama e jubilo, a alegria e a tristeza e a vida nativa de vocação hoteleira que foi viveiro e alforge da industria nacional.

 O Turismo, esse grande vector económico dos dias que correm, começou praticamente aqui e noutras termas semelhantes a par duma hotelaria de prestígio que teve berço e nascença através de homens como o suiço Paulo Bergamim ou o português Alexandre Almeida, pioneiros duma industria que nasceu em Portugal pela mão inovadora de apostadores em novos desafios que fizeram da travessia do século passado a sua nave de experimentação, base do Portugal turísticos dos nossos dias.

 O Estoril, Lisboa e mais tarde o Algarve, recolheram e prosperaram com o esforço e saber de gentes das terras da Mealhada, mestres de experiência feita, do bem fazer, do bem servir, fruto da delicadeza das termas e da qualidade dos serviços que foi apanágio desses tempos pioneiros.

 

 Os clubes de ténis, os Grémios, as salas de leitura, os casinos, os teatros, foram extensões de investimentos dirigidos, em muitos casos, á frequência das termas, numa belle époque plena de servilismo por um lado, e de lições, por outro.

 Dos escombros de muitas imagens que ficaram, resta a saudade por um lado, e por outro renascem os desafios que exigem a reactivação e a recuperação destes espaços idílicos, agora direccionados para outras gentes e outras necessidades, catapultados pelo marketing e pelo rigor económico, mas sempre na procura das pessoas e das suas exigências.

Por isso se pensa hoje nas Termas do Luso de amanhã. Não no remanso investidor duma família clássica, mas na valorização constante dum investimento atractivo, compensatório, numa perspectiva de empresa e de remuneração das acções.

 Termas clássicas, termas á base de água, tratamentos de pele, curas de emagrecimento, combate ao stress, simplesmente repouso ou esse grande palavrão chamado SPA, o que serão as termas amanhã ?

 

 

 

10
Mai08

TERRAMOTO DE 1755


Peter

 

            TERRAMOTO DE 1755

 

              

                                                                                                         

 

                                                                                                          

 

   RELATÓRIO DE JOÃO SIMÕES

       CURA DA FREGUESIA

 

 

Em 20 de Abril de 1756, João Simões, cura da freguesia do Luso, é incumbido pelo bispado de Coimbra de fazer as indagações indispensáveis que o habilitem a responder ao inquérito que o secretário do reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, fazer sobre o sismo de 1755 e suas consequências em todo o lugar do reino.
Diz o cura que, no primeiro de Novembro, pela manhã, nove horas dadas, houve um terramoto percebido em toda a freguesia. Durou oito minutos e da igreja ‘se viram estremecer as cintas de ferro’, tendo caído alguns caliços de pouca monta.
Os fiéis que se encontravam naquela altura dentro de templo, saíram para a rua, concretamente para o adro.


Relata depois que não morreu pessoa nem se arruinou edifício, nem houve falta de mantimentos, mas que no ar se viu um sinal ‘que alguns dizem que era parte em que anda a estrela do norte’. Era ‘vermelho, redondo e grande’.


Mas na fonte da freguesia, diz o cura, ‘uma das mais famosas fontes deste reino’ na altura do sismo, metade da água ficou ‘turva e de cor quase preta’ e a outra metade branca, ‘como leite’, não tendo presenciado alteração alguma na nascente.
Moravam então 648 pessoas na área da freguesia, das quais 345 eram mulheres e ocupavam 194 fogos.


O mesmo cura relata o sucedido no Buçaco, deste modo:

Acha-se no coração desta freguesia aquele sempre venerável Santuário do Buçaco, relíquia que faz ser esta freguesia a mais venturosa de todas as do reino.

Ás mesmas horas padeceram aqueles Santos Religiosos o mesmo terramoto com maior ímpeto que em toda a freguesia; desampararam muitos o Convento e se recolheram para aMata, os que estavam nas capelas vinham vindo para o Convento, e outros, que eram os menos, esperaram dentro pelo fim daquele sucesso querendo acabar a vida pela vontade de Deus...’


Sendo aquele Santuário de uma deliciosa formosura...e assombro aos que o vêem, e ainda a sua notícia serve de pasmo ao subido engenho e excelente discurso, ainda quis o mesmo Deus mostrar quanto são dignos dos louvores com que o adoram aqueles Santos Religiosos, pois foi tão grande o terramoto naquele.  Convento que por três vezes distintas se repicaram os sinos por si e foi vista a admirável e devotíssima imagem de Cristo que está no trono acima do altar mor, inclinar para o chão dois palmos.
E com tão grande tremor não se viu naquela Igreja e Convento o mínimo abalo em todo o edifício.

 E mais não disse… FS  

 

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